Deputados criticam exclusão de literatura e comentam mudanças na educação

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Kemp fez apelo ao governo e Professor Rinaldo disse que mudanças são amparadas por conselho. (Foto: Roberto Higa)

Deputados estaduais debateram, durante a sessão plenária desta quinta-feira (9/2), mudanças em andamento na Rede Estadual de Educação. A Secretaria de Estado de Educação reestruturou a grade curricular do Ensino Médio, integrando a disciplina de literatura ao ensino de língua portuguesa, medida que foi comentada por Pedro Kemp (PT), Renato Câmara e Paulo Siufi, ambos do PMDB. Na tribuna, Kemp disse que a literatura é fundamental para o exercício do pensamento crítico. “Essa mudança gera problemas aos professores de literatura e na formação dos jovens. Faço um apelo para que o Governo do Estado reveja essa decisão”, destacou.

Câmara mencionou que haverá prejuízo aos profissionais que estão cursando mestrado e doutorado na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). “Essa decisão pegou todos de surpresa, pois não houve diálogo com os principais atingidos. Esperamos que a Secretaria de Estado de Educação retorne a disciplina à grade”. Já Siufi, sugeriu a realização de uma audiência pública. “Concordo que a literatura é importante para a formação do ser humano”.

Líder do governo na Assembleia Legislativa, Professor Rinaldo (PSDB) informou que as tratativas foram feitas junto ao Conselho Estadual de Educação. “Todas as mudanças estão sendo feitas com o acompanhamento do Conselho, mas é importante que todos saibam que estamos nos esforçando ao máximo para fazer o melhor pelo Estado”, disse. Ele também qualificou como fundamentais as atividades realizadas durante o contraturno escolar. Herculano Borges (SD) havia se pronunciado anteriormente pedindo providências da Secretaria de Educação. “Entendemos que o momento é de crise, mas tenho recebido reivindicações dos profissionais da educação física que se dedicavam aos projetos no contraturno e vamos enviar ofício pedindo alguma explicação por parte do governo, até para honrar o trabalho que eles já realizam”, analisou. “O fato é que o povo não está contente com o que vem sendo feito na educação em nosso Estado”, reiterou Zé Teixeira (DEM).

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