Seminários da UEMS discutem políticas públicas para mulheres

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Na tarde desta terça-feira (19), iniciou o I Seminário Sul-matogrossense em Educação, Gênero, Raça e Etnia e II Seminário de Ações Afirmativas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O evento que tem como temática central os desafios da permanência na dos estudantes na graduação segue até 21 de agosto no anfiteatro central da Instituição.

O tema da primeira mesa redonda foi ‘Políticas públicas para mulheres no enfrentamento das violências de gênero e de raça’. Estiveram presentes, a defensora Inês Batisti Dantas Vieira da Defensoria Pública de Defesa da Mulher, a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira (CMB), de Campo Grande, Adriana dos Santos Sunakozawa e a presidente do Coletivo de Mulheres Negras do MS, Ana José Lopes.

De acordo com o Mapa da Violência: Homicídio de Mulheres no Brasil, Mato Grosso do Sul está em 5° lugar no ranking de mortes. Para a defensora, Inês Batisti, é preciso enfrentar essa situação, “Corajoso não é aquele que não sente medo, e sim quem o enfrenta. Precisamos trabalhar para que os direitos dos homens e mulheres sejam iguais, para isso é preciso elaborar políticas públicas que atendam essas cidadãs”, explica.

Realizado pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia da UEMS (CEPEGRE), a promoção dos seminários é fruto de parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), com a Fundação de apoio a Pesquisa, ao Ensino e a Cultura de Mato Grosso do Sul (Fapems) e com o Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul (CMNEGRAS).

No evento, a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira (CMB) de Campo Grande, Adriana Sunakozawa explicou a rotina do local e como as mulheres são atendidas. A CMB da capital foi a primeira inaugurada no país e atende casos de abuso e agressão contra mulheres. Entre os meses de fevereiro e agosto de 2015 já foram realizados, aproximadamente, 20 mil atendimentos e encaminhamentos. De acordo com relatórios da CMB, nesse período foram realizadas cerca de 400 prisões de agressores.

Durante todos os dias do evento, pesquisadores e representantes de movimentos sociais estarão reunidos para discussões no campo da educação, do direito, das políticas públicas e outras, todas transversalizadas pelas temáticas de gênero, raça, etnia, violência e ações afirmativas.

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