Sindicalistas rebatem argumentos governistas contra aumento salarial

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Preocupado com as condições em que se encontram os milhares de servidores do nosso Estado que estão sem reajuste salarial, o deputado estadual João Grandão (PT) requereu o uso da tribuna aos servidores para que pudessem externar suas reivindicações no microfone para todos os parlamentares e à imprensa, que também estava presente na sessão plenária desta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa.

Fizeram uso da tribuna o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS (Sinsap/MS), André Santiago; e o coronel Alírio Vilassanti, da Polícia Militar de MS, que reivindicam nada mais do que seus direitos trabalhistas, ou seja, a reposição salarial das perdas com o acúmulo inflacionário dos últimos anos, o que é dever do Estado.

“O discurso do governador é incoerente, pois ora a economia está bem, ora está mal. Quando o assunto é aumento salarial, a crise financeira justifica a impossibilidade. Mas, as condições são positivas. Repatriação de recursos, renegociação de dívidas, depósitos judiciais bilionários e aumento de impostos comprovam que existe caixa”, disse o sindicalista.

Segundo André, são quase 1.200 contratos de isenção fiscal, mais de 400 milhões de gastos do governo com publicidade e 1.273 comissionados na atual administração. “SE o Estado atravessa uma crise, precisam ser revistos os gastos e a renúncia fiscal. A reforma administrativa foi realizada para o equilíbrio fiscal. Quatro meses depois, o rombo com pessoal é de 76 milhões. Portanto, são questões latentes e que precisam de respostas”, declarou.

O coronel da Polícia Militar, Alírio Vilassanti, informou que o poder de compra do servidor reduziu em 20% nos últimos três anos. “Pagar em dia é obrigação do Estado. Queremos uma gestão ética e transparente. Os incentivos fiscais são questionáveis e a verba publicitária exorbitante”.

Em sua fala, o deputado estadual João Grandão sugeriu que a Comissão Permanente de Execução Orçamentária da Assembleia Legislativa tenha acesso à realidade financeira de Mato Grosso do Sul, no que diz respeito à arrecadação, economia e gastos governamentais.
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