As entidades ligadas à segurança pública em Dourados estudam uma forma de utilizar o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) para o monitoramento urbano no município. A ideia é promover uma ação integrada entre os diversos organismos de segurança pública, possibilitando ações mais rápidas e efetivas contra a criminalidade. A iniciativa partiu da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) e vem sendo debatida nos últimos meses junto ao comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, responsável pela execução de projeto-piloto do Sisfron no país.
Na manhã desta quarta-feira (20), durante reunião na Aced, o projeto foi apresentado aos comandos da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e Guarda Municipal. As entidades defendem a implantação de câmeras de segurança em pontos estratégicos da cidade, como as vias de entrada e saída do município e outros pontos com maior índice de ocorrência de crimes. O vice-prefeito Odilon Azambuja também participa das discussões e garante que a proposta tem total apoio do prefeito Murilo Zauith.
De acordo com o general de Brigada Rui Yutaka Matsuda, o Sisfron é considerado um dos principais projetos estratégicos do Exército Brasileiro e está habilitado para atender várias outras finalidades além do monitoramento na fronteira. “O Sisfron é um sistema que não existe hoje em nenhum outro lugar do mundo, com uma concepção totalmente inovadora. Este banco de dados pode e deve ser aproveitado para outros fins de forma a promover o máximo aproveitamento deste investimento”, garante o general.
A ideia ganhou a adesão e o apoio das entidades de segurança, que defendem um trabalho unificado para coibir e reprimir a criminalidade em Dourados. O comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Carlos da Silva, é um dos defensores desta integração. “Este projeto será fundamental para a cidade de Dourados. Com este trabalho conjunto, poderemos ter redução das ocorrências de roubo, furto, homicídio e tráfico de drogas. O monitoramento também resulta em uma ação mais rápida e precisa para identificação de quem comete crimes no município”, avaliou.
Na avaliação do presidente da Aced, Antônio Nogueira, a implantação do monitoramento trará benefício imediato para a segurança do município, inclusive para a classe empresarial. “Futuramente, poderíamos pensar inclusive na implantação de câmeras em todas as empresas para que comerciante tenha mais segurança em seu negócio”, opinou.
Guarda Municipal
Uma das propostas levantadas na reunião é a utilização de projeto elaborado no ano passado pelo comandante da Guarda Municipal em Dourados, inspetor João Vicente Chencarek.O projeto, feito em parceria com Polícia Militar e Polícia Civil, prevê a implantação de 47 câmeras de monitoramento urbano, permitindo inclusive identificação visual e alerta para veículos roubados.
Desde o ano passado, a Guarda Municipal de Dourados já possui uma central de monitoramento de 13 câmeras instaladas na Prefeitura Municipal, na praça Antônio João e vias principais da região central. Um outro projeto em parceria com o governo federal, em fase de implantação, prevê a instalação de mais 20 câmeras em combate ao tráfico de drogas. “Já temos hoje um resultado efetivo deste sistema de monitoramento, que facilita muito o nosso trabalho. No final do ano, em 30 dias de evento na região central não tivemos nenhuma ocorrência de danos ao patrimônio público, furtos ou vias de fato. É um ação preventiva e que efetivamente inibe a criminalidade”, destaca o comandante.
O próximo passo é estabelecer um projeto a ser executado e buscar apoio político para sua implantação. Segundo o presidente da Aced, o deputado federal Geraldo Resende já teria garantido repasse de R$ 1 milhão em 2016 para execução do projeto. A próxima reunião para debater o assunto já está agendada para o início de junho.