Operação prende trio suspeito de assalto milionário a banco brasileiro no Paraguai

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Policiais do Departamento Regional de Investigadores de Canindeyú prenderam na madrugada desta quarta-feira (5/11), três suspeitos de envolvimento no assalto milionário a um banco brasileiro localizado em território paraguaio, ocorrido na semana passada.

Os presos foram identificados como Diego Hernán Portilho Sugasti, detido na primeira residência alvo da operação. Contra ele já havia um mandado em aberto.

Antolín Algarín Domínguez foi detido em uma propriedade na área de Alto Paraná. Ele é paraguaio e residente em Santa Fé, Alto Paraná, e também tinha mandado de prisão pendente. Já Hernán David Núñez Vera foi capturado durante a terceira fase da operação, realizada na Rota D041.

O trio está sob custódia policial.

O assalto

Investigações da Polícia Nacional revelaram que o grupo de aproximadamente 20 homens armados e com roupas camufladas, usaram explosivos de alta potência e equipamentos de tecnologia avançada para levar mais de 900 mil dólares da agência bancária brasileira.

Segundo Cleider Velázquez, procuradora responsável pelo caso, os criminosos também teriam usado um drone para monitorar a área e ter controle total dos movimentos nos arredores. “Os ladrões entraram com bombas e destruíram toda a estrutura do banco, esvaziando o cofre, mas não os caixas. Estamos aguardando a gerente, que foi conferir o último balanço que fez, para verificar o valor final”, comentou.

Além do drone, os criminosos teriam utilizado pistolas de calibre 5.56 e dinamites em gel. A força da explosão destruiu parte do prédio e também danificou caixas eletrônicos.

Durante a fuga, os assaltantes abandonaram uma caminhonete Toyota Hilux, que havia sido roubada semanas antes, em Yatytay, no departamento de Itapúa. No veículo, as autoridades encontraram explosivos de uso militar, semelhantes ao C4, utilizado em operações de guerra.

Os primeiros indícios apontam que o grupo seria formado por paraguaios e brasileiros. Uma testemunha apontou que o líder do bando falava português, reforçando a suspeita de envolvimento de criminosos de fronteira.