Acadêmicos da UNIGRAN aumentam produtividade de morangos com projeto de luz artificial

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Os acadêmicos do curso de Agronomia da UNIGRAN, Cintia Ricarde Costa e Rodrigo Zanoni, do 9º e 7º semestre, respectivamente, realizaram um experimento inovador, durante o seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. Através de iluminação artificial indoor, os estudantes diminuíram o tempo de transplantio de mudas de morango, aumentando a sua produtividade.

O TCC foi orientado pela professora Aline Baptista Borelli. Ela explicou que o trabalho traz inovação do sistema de cultivo indoor, que conduzido em um espaço fechado, utilizando luzes artificiais, produzidas por lâmpadas de LED, e regulando condicionantes agrometeorológicos de produção, como temperaturas e umidade, além do fornecimento de água adequado via irrigação. “Essas combinações criam um ambiente favorável para o desenvolvimento adequado das culturas”, comentou.

O experimento foi todo realizado no Cantão do Bosque, em uma sala de sistema indoor. “A sala de luz artificial está à disposição dos alunos e traz a possibilidade de aprender sobre essa novidade no setor de produção agrícola e expandir as oportunidades no mercado de trabalho pós formação acadêmica”, afirmou.

A acadêmica Cintia Ricarde explicou que experimentou diversas formas de cultivo de morango, “sob influência à radiação espectral”, através de lâmpadas do Full Spectrum. Elas foram plantadas em três alturas diferentes, sendo a uma distância de 43 cm, 76 cm e 130 cm. Depois elas eram transplantadas em uma estufa com canteiro, vaso com areia e hidroponia.

Cintia comemorou os resultados positivos do experimento, podendo transplantar as mudas com um tempo menor, se comparado ao plantio convencional. “A utilização de lâmpadas do Full Spectrum em ambiente indoor propicia a produção de mudas de morango para o transplantio em 15 dias já com fruto, diferente do convencional que demoraria de 40 a 60 dias para começar a nos dar frutos”, apontou.

“As lâmpadas de LED ajudam muito, por ser em um ambiente totalmente controlado, em questão do clima e quantidade de horas que as plantas vão receber luz por dia”, completou Rodrigo.

Cintia ainda comentou que queria trabalhar com morangos mesmo antes da graduação, pois já havia plantado a fruta com hidroponia, porém a ideia mudou com a criação da Sala de Luz Artificial no Cantão.

“Então surgiu a Sala de Luz Artificial, que me encantou, por isso quis juntar essas duas formas de cultivo e ver no que dava. Apresentei minha ideia para professora Aline, que deu mais ideias e então casamos tudo e deu super certo. Hoje os morangos estão lindos e saborosos, foi até melhor do que imaginávamos. A Agronomia da UNIGRAN me proporcionou a realização de um sonho com esse TCC”, ressaltou.

A acadêmica ainda assegurou que o experimento poderá trazer benefícios para o produtor. “Com esse projeto conseguimos trazer para o produtor um desenvolvimento precoce da planta ao colocá-las na sala com a luz de LED. E, ao transplantar para estufa em hidroponia, por ser um ambiente controlado, a qualidade da planta se torna bem melhor, livrando, de certa forma, de pragas e doenças. Até o momento continuamos com a produção do morango na estufa e não encontramos nenhum dano afetando a planta, apenas auxiliando ainda mais para melhorar o seu desenvolvimento”, finalizou Cintia.

A professora considerou o trabalho como inovador, além de inédito. “O trabalho foi inovador, pois possibilitou os alunos conhecerem um novo método de produção: o cultivo indoor, que tende a ser a maior inovação da agricultura e um grande aliado para a agricultura tradicional”, assegurou Aline. “Foi inédito porque ninguém tinha pesquisado a produção de morango e, além disso, é importante porque em Dourados a UNIGRAN é a primeira instituição a adquirir o sistema de produção em luz artificial e a que mais tem sistemas de cultivos disponíveis para os alunos”, complementou.

Morangos transplantados na estufa da UNIGRAN. (Foto: Divulgação)
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