Marcos Pollon quer mudança na forma de pensar a segurança no campo durante palestra na Expoagro

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O deputado federal Marcos Pollon destacou, neste sábado (13), em palestra na Expoagro de Dourados, a necessidade urgente de uma mudança na forma de pensar a segurança no campo, trazendo a importância de uma conscientização sobre os riscos e ameaças.

Pollon iniciou sua palestra falando que o campo não é mais seguro como antigamente e isso demanda ações imediatas. “As pessoas têm a ilusão de que por ser longe da cidade, isolado, a violência não chega. O primeiro aspecto da segurança é que você não está mais em um ambiente tranquilo. O Brasil não é mais um país seguro no campo. Nós temos ameaças reais e precisamos nos preocupar. Na cidade, as pessoas colocam câmera, alarme, cerca, e na pior das hipóteses em até uma hora a polícia chega, mas e na fazenda?”, questionou.

O deputado enumerou três níveis de ameaça às propriedades rurais. “Primeiro, o criminoso de ocasião, que vai escolher o local que oferece menos desafio; as quadrilhas especializadas em abigeato, roubo de defensivos, implementos; e os movimentos terroristas, que por vezes fazem da invasão pauta política, meio de enriquecimento ilícito, usando até de crianças e mulheres para as invasões”. Ele frisou a importância de analisar também as pessoas que serão contratadas na propriedade, para segurança da família, que não são poucos os casos de informantes de quadrilhas especializadas.  

Ele pontuou sobre a necessidade de defesa passiva nas propriedades. “Eu garanto que vocês usam milhares de reais com defensivos e com máquina agrícola, e com segurança? O primeiro aspecto de defesa é a chamada defesa passiva. Nós temos que gastar no mínimo com alambrado, com concertina em cima, pátio limpo e câmeras de segurança, dentre outros itens, dependendo do nível de ameaça de cada propriedade. São medidas como essa de estruturação da sua propriedade, com a construção de defesa passiva, que vão inibir os criminosos”.

Após mostrar os riscos e ameaças no campo, Pollon destacou que, em último caso, a legítima defesa e autotutela. “A segurança armada faz parte do processo de segurança, evidentemente, que sim, mas não é a base. Se você precisou empregar arma de fogo é porque falhou em vários outros itens que o antecede, porque a arma é feita para você não usar. Mas, a lei nos assegura o desforço imediato, uma das formas de legítima defesa. É assegurado pela lei a legítima defesa, a autotutela, dentro dos limites legais. O próprio Código Civil assegura o esforço imediato na proteção da propriedade. Então, as armas de fogo, nada mais, são do que uma ferramenta para proteção da vida e do patrimônio, que se usada adequadamente podem evitar crimes e desastres ainda piores”.

A palestra do deputado foi transmitida ao vivo no canal do Sindicato Rural de Dourados e pode ser acessada n link. https://www.youtube.com/watch?v=1pPW1VwwJc0https://www.youtube.com/watch?v=1pPW1VwwJc0

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