Sindicato Rural de Dourados lança campanha para eliminação do milho guaxo e combate à cigarrinha

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Assessoria

Para evitar perdas da safra do milho, o Sindicato Rural de Dourados levanta um debate estadual para conscientizar os produtores rurais a combater o milho que nasce espontaneamente após a colheita, para evitar que a planta seja hospedeira da cigarrinha e assim reduzir os impactos nas lavouras. Esse assunto estará em debate em audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na terça-feira, dia 11, no Plenarinho Nelito Câmara, a partir das 13h30.

“Vamos desenvolver ações de combate e é necessário que o produtor esteja atento. Devemos evitar a germinação do milho nas propriedades rurais porque é exatamente esse o local que hospeda a cigarrinha. Esperamos que, na próxima safra, com mais informações e investimentos, possamos enfrentar essa praga para que a agricultura estadual continue prosperando”, destaca o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Angelo Ximenes.

As plantas voluntárias de milho podem ser hospedeiras da cigarrinha, considerada uma das principais pragas do cereal nos últimos anos. Uma das formas de controle deste inseto é o manejo do rebrotamento do milho durante a safra de soja.

Conhecidas como tigueras, guaxas ou voluntárias, as plantas daninhas que persistem para o cultivo seguinte podem diminuir consideravelmente a produtividade das lavouras e ainda contribuem para maior incidência de pragas. Por conta disso, Angelo Ximenes diz que uma campanha com o apoio da Assembleia Legislativa e do Governo do Estado é muito importante.

“É fundamental envolver a classe política, pesquisadores, profissionais da agricultura e principalmente os produtores rurais, para que se conscientizem e tenham o controle do milho tiguera, de forma a controlar a população da cigarrinha. Esse controle deve ser de maneira regionalizada, para haver sanidade vegetal. Fazendo isso, irá ocorrer a diminuição da cigarrinha no período de entressafra e, com a população menor no início da safra, teremos menos danos. É um trabalho em conjunto de manejo e de controle”, explica Angelo Ximenes.

Audiência pública

No mês passado, a diretoria do Sindicato Rural de Dourados procurou o deputado estadual Renato Câmara e expôs a preocupação com sobre o crescente desenvolvimento do milho guaxo, sobretudo, durante o período do vazio sanitário. O deputado se prontificou a levar a reivindicação à Assembleia Legislativa e é propositor da audiência pública na terça-feira.

Na programação haverá debate sobre o tema “Manejo da Cigarrinha do Milho e do Complexo de Enfezamento”, com Paulo Garollo, engenheiro agrônomo especialista para a cultura do milho, atualmente na Bayer CROP Science e membro do Grupo Técnico de Especialistas para Cigarrinha do Milho e Complexo Enfezamento na Crop Life Brasil, representando a Abramilho. Também será discutido “Programa de Enfrentamento do Complexo de Viroses e Enfezamentos no Milho em Mato Grosso do Sul”, com Andre Luis Faleiros Lourenção, pesquisador de Fitotecnia do milho da Fundação MS.

Ainda haverá discussão sobre “Boas práticas para o manejo da cigarrinha do milho de segunda safra”, com Crébio José Ávila, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, e mesa redonda que será mediada por representantes da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) do Governo do Estado, e com participação do propositor da audiência, Renato Câmara; o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Angelo Cesar Ximenes; o agrônomo especialista em cultura do milho, Paulo Garollo; o pesquisador da Fundação MS, Andre Luis Faleiros Lourenção; e o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Crébio José Ávila.

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