Avião do Estado de MT é usado para levar políticos para festa do fundador da JBS

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A aeronave Cheyenne IIXL modelo PA31T2 com a matrícula PS-GOV, pertencente ao governo de Mato Grosso, foi usada para levar políticos do estado para a festa de 90 anos do fundador da JBS Friboi, José Batista Sobrinho, o ‘Zé Mineiro’, pai de Joesley Batista e Wesley Batista. A aeronave decolou às 18h4 de Cuiabá com previsão de chegada na Fazenda Santa Luzia, em Aruanã, Goiás.

Já o retorno ocorreu na madrugada de hoje, às 2h35. O Plano de voo do governo deixou visível apenas o lugar de partida, omitindo o local de chegada. Contudo, a festa do fundador da JBS causou um congestionamento de jatinhos em Goiás, o que chamou atenção da imprensa nacional. Entre os convidados, estavam empresários e políticos do país inteiro. A música ficou por conta de artistas renomeados do sertanejo e do forró. A festa de shows dos cantores Daniel, Bruno (da dupla Bruno e Marrone), Wesley Safadão e da dupla Henrique e Juliano.

Os donos da festa decidiram não divulgar a lista de mais de mil convidados, alegando segurança dos presentes. Fotos também não foram permitidas. A Aeronave do Estado consta na lista de todos os aviões que estivaram na Fazenda durante a comemoração do aniversário de Zé Mineiro. Recentemente o governador Mauro Mendes (União) prestigiou a reabertura dos trabalhos da unidade da JBS/Friboi, em Diamantino, que havia pegado fogo.

Corrupção

Os irmãos Wesley e Joesley Batista se tornaram um dos principais personagens na Operação Lava Jato, quando chegaram a ser presos. Em sua colaboração premiada, o ex-governador Silval Barbosa, confessou que em troca de incentivos fiscais, a empresa pagou propina aos integrantes do grande esquema de corrupção no governo de Mato Grosso, desvendado durante à Operação Ararath.

O ex-governador afirmou que R$ 12 milhões em crédito de propina com o grupo JBS em 2014 e para o pagamento desse crédito foi feito um acordo durante a campanha. Já nas delações dos irmãos Batistas, eles alegam que chegaram a pagar R$ 25,5 em propina para o grupo de Silval Barbosa. Em contrapartida, a empresa deixou de pagar R$ 73,5 milhões em ICMS, valor resultante do cálculo de créditos que a JBS deixou de lançar em seu favor em razão do sistema anteriormente vigente de recolhimento por estimativa.

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