O afogamento é uma grande causa de mortes entre crianças e pode ser evitado com medidas simples
Para as crianças, a piscina pode ser um ambiente de muita diversão. No entanto, é necessário se divertir com segurança, pois poucos segundos de distração podem custar a vida dos pequenos. Por isso, profissionais de saúde do Programa de Residência em Pediatria da Cassems alertam para os cuidados com o afogamento infantil.
A supervisora da residência em Pediatria do Hospital Cassems, Ana Paula Proti, deixa um aviso para pais, mães e responsáveis de crianças. “É importante lembrar que, quando esses acidentes de afogamentos acontecem, geralmente, é por poucos segundos de distração. Então, podemos evitar que isso aconteça”.
De acordo com a residente em Pediatria Bianca Bazzo, crianças não devem ser deixadas sozinhas ao redor da piscina, em nenhuma situação. “Precisa ter, sempre, a supervisão de um adulto. De preferência, que o responsável esteja a uma distância de, no máximo, um braço de alcance da criança. Assim, caso ele precise tomar alguma atitude, seja rápido para chegar até a criança e resolver”.
Conforme a residente em Pediatria explica, também, deve-se pensar em medidas de proteção. “Usar sempre boia e ter sempre alguém junto é bacana para evitar afogamentos. Ainda, colocar barreiras ao redor da piscina e lonas de cobertura para que a criança não tenha acesso, e manter sempre fechadas”.
Bianca salienta, também, para que cuidem da área ao redor da piscina. “Os responsáveis precisam tirar brinquedos e distrações que ficam em volta da água, para que a criança não vá até lá buscar, se desequilibre e caia. São medidas pequenas, mas que podem salvar a vida dos pequenos”.
Para a residente, outra forma de prevenção é ensinar a criança a nadar. “Se possível, coloquem os pequenos em aulas de natação, para que eles desenvolvam a habilidade para possíveis emergências. Mas, mesmo se souber nadar, não devemos superestimar as suas capacidades. Ainda que faça aulas e já tenha certo contato com a piscina, ela não sabe de tudo e necessita de cuidados”.
Ainda que não tenham piscinas em casa, o cuidado com as crianças em contato com a água deve ser o mesmo, afirma Bianca. “Lembrar, também, que não só nas piscinas que ocorrem esses acidentes, dentro de casa tem outras maneiras, como em baldes com água ou banheiras. É comum crianças menores, por curiosidade, irem ver o que tem dentro de um balde ou banheira e acabarem caindo de cabeça para baixo e não terem reflexo para voltar”.
E se meu filho se afogar?
É primordial lembrar que crianças não possuem maturidade para saírem de uma situação de emergência sozinhas. Por isso, os adultos devem imediatamente prestar o socorro necessário. Manter a calma, retirá-lo da água e desobstruir as vias respiratórias. Então, ligar para os serviços de emergência, como o SAMU (192) ou o Bombeiros (193).