
O aterro sanitário municipal de Dourados é referência na região Centro-Oeste, segundo o Imam (Instituto do Meio Ambiente). Dourados também foi a primeira cidade do Estado a implantar um aterro sanitário licenciado de acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS).
O aterro sanitário de Dourados chegou a ficar em primeiro lugar no Centro-Oeste em uma pesquisa do BNDES, em que avaliou as tecnologias para o tratamento adequado e destinação dos resíduos sólidos no Brasil, frente das cidades de Chapadão do Céu e Goiânia, em Goiás.
A prefeitura, através do Imam, convidou nesta terça-feira os meios de comunicação para conhecer o aterro sanitário de Dourados onde são depositados 180 toneladas de resíduo domiciliar/dia, cobrindo 100% de toda cidade.
Acompanharam a visita ao aterro sanitário, o secretário municipal de Serviços Urbanos, Marcio Wagner Katayama, o gerente Financial (empresa terceirizada que recolhe os resíduos), Carlos Roberto Felipe e o diretor de Serviços Urbanos, Édio Pedroso.
O aterro sanitário de Dourados foi implantado há quase dez anos colocando ponto final no lixão que existia na cidade.
“Além da destinação adequada do lixo urbano, foi acabar com o lixão que existia anteriormente, que foi desativado logo após a ativação do aterro há cerca de dez anos”, disse o diretor-presidente do Imam, Rogério Yuri Farias Kintschev.
Instalado em uma área de 50 hectares, com trincheiras, o aterro sanitário de Dourados recebeu um investimento inicial, na época de R$ 2,4 milhões e começou a operar em outubro de 2004. Inicialmente processando 94 toneladas de lixo por dia e atualmente processa 180 de lixo/dia.
De acordo com o gerente da Financial, Carlos Roberto Felipe, a expectativa de capacidade do aterro vai até 2040. “Inicialmente seria até 2024, mas foi feita uma readequação para mais 16 anos”, destacou.
O projeto inicial do aterro sanitário foi de construção de oito trincheiras de 465 metros de extensão por 50 metros de largura e cada uma constituída por três células, duas de dois metros de altura e uma de três metros. A parte inferior das trincheiras é revestida por uma lona polietileno de alta densidade impermeável, que evita a infiltração do chorume no solo e a contaminação do lençol freático.
Dessa forma, o lixo fica soterrado e seus resíduos não poluem o meio ambiente. “Por isso, o nosso aterro sanitário, o único no Estado, construído com as mais modernas técnicas ambientais, é um exemplo em Mato Grosso do Sul”, explica Carlos Felipe.
Desde que entrou em funcionamento, o aterro sanitário de Dourados serve de referência, visitado por administradores de outras cidades de Mato Grosso do Sul e de fora do estado, além de estudantes, engenheiros e técnicos ligados à área para conheceram as técnicas e meios para sua implantação e manutenção.