Na próxima segunda-feira (6), antevéspera do Dia Internacional da Mulher, Loreni Giordani, advogada, mestra em Educação e ex-vereadora de Amambai/MS, vai receber o troféu da 16ª edição do Prêmio Mulher Cidadã – “Marta Guarani” durante o intervalo da 5ª Sessão Ordinária de 2023 da Câmara Municipal de Dourados. A sessão tem início às 15h e a população pode assisti-la pessoalmente, no Plenário Weimar Gonçalves Torres, ou on-line pela TV Câmara Dourados.
Giordani, 68 anos, é graduada em Pedagogia e em Direito, com especialização em Didática Geral e Metodologia de Ensino Superior, e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). É aposentada pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, onde atuou por 33 anos e exerceu cargos de gestão. Sua ênfase foi em ensino médio noturno e formação docente. Na advocacia, é focada em Família, além de ter exercido trabalhos voluntários.
Nascida em Rodeio Bonito (RS), ela tem dois filhos e três netas. Em sua atuação política, Giordani foi vereadora em Amambai, de 1997 a 2000, coautora do projeto de implantação da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres no município de Amambai e militante no movimento de mulheres dessa cidade, na região douradense. Também foi vice-presidente da Comissão de Mulheres Advogadas da 4ª Subseção (Dourados) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso do Sul, além de ser membro titular do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher em Dourados.
O Prêmio Mulher Cidadã – “Marta Guarani” foi criado a partir do Decreto Legislativo Municipal 397/03 para agraciar, anualmente, mulheres que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher, às questões do gênero e com atuação de destaque em Dourados. A indígena sul-mato-grossense Marta Guarani (Marta Silva Vito ou Kunha Gevy), cujo nome serviu de inspiração à premiação, integrou o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e liderou as indígenas de Mato Grosso do Sul na Conferência Nacional de Mulheres Brasileiras.
De acordo com a organização não governamental Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), a feminista Marta Guarani, falecida aos 62 anos em 2003, mesmo ano de publicação do decreto de criação do prêmio, foi líder articuladora das causas indigenistas. “Através da Associação de Índios Kaguateca ‘Marçal de Souza’, lutou pela preservação de tradições, usos e costumes e articulou-se com organizações sociais e populares de Mato Grosso do Sul, ligadas às questões dos direitos humanos e ambientais nas lutas pela reforma agrária”, informa a instituição.