Proposta pelo senador licenciado e atual ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), a PEC só saiu da gaveta após o senador Waldemir Moka (PMDB) se manifestar no plenário do Senado. Por seu esforço, o sul-mato-grossense foi escolhido pelo líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), para falar em nome do partido.
“Eu ia apresentar PEC semelhante e pedi estudo para minha assessoria. Mas aí descobri que já havia proposta semelhante e corri aqui para o plenário dizendo que tínhamos a obrigação de desengavetar a matéria e colocá-la em discussão imediatamente. Em 15 dias, a PEC estava aprovada”, lembrou.
Crivella ressaltou o fato de o benefício ter reflexo direto nas corporações policiais, incluindo o Corpo de Bombeiros. “A mudança na Constituição deve evitar a evasão de profissionais das Forças Armadas, devido à impossibilidade de exercício de outro cargo, assim como melhorar o atendimento nas regiões de fronteira e distantes dos grandes centros”, observou Crivella.
Ao discursar em nome do PMDB, Moka afirmou que a proposta vai favorecer principalmente as populações ribeirinhas e da fronteira, onde a carência de médicos e o atendimento são precários. “Sou da fronteira. Sei o quanto as populações dessas regiões sofrem sem atendimento médico. Essa PEC me enche de orgulho”, afirmou.