Os trabalhadores da construção civil de Campo Grande entram em greve a partir de quarta-feira (23), em protesto à classe empresarial que não atendeu suas reivindicações salariais de 30% de reajuste para os pisos salariais e 15% para quem ganha acima do piso. A decisão da categoria foi tomada em assembleia geral realizada ontem.
“Na terça-feira vamos intensificar essa informação e a partir de quarta-feira faremos uma paralisação geral das obras de Campo Grande”, afirmou José Abelha Neto, presidente do Sintracom CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande).
“A atividade foi marcada pela participação ativa dos trabalhadores que durante o debate, rechaçaram as migalhas oferecidas pelos patrões. A Proposta do Sinduscon-MS, não cobre sequer a inflação do ano”, critica Abelha Neto sobre os 5,39% oferecidos pelos empresários.
O Sintracom, segundo Abelha Neto, pede equiparação com os salários pagos, pelo mesmo trabalho em outros estados da federação, como São Paulo, onde os valores chegam a 30% de diferença do valor pago aos trabalhadores no Mato Grosso do Sul.
Os trabalhadores reclamaram também que a proposta de equiparação salarial com os trabalhadores de São Paulo está nas mãos dos empresários há mais de 70 dias. “Eles não deram bola e só agora apareceram com 5,39%, uma miséria de reajuste”, afirmou o sindicalista.
Para reforçar o movimento de greve o Sintrcom vai contar com o apoio de uma central de trabalhadores e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Mato Grosso do Sul, a Fetricom/MS.