Dourados lidera crescimento do consumo entre as 10 maiores do Centro Oeste

-

Para o prefeito Murilo, “o Centro Oeste é a bola da vez no Brasil e Dourados é a bola da vez no Centro Oeste”. Foto: A. Frota
Para o prefeito Murilo, “o Centro Oeste é a bola da vez no Brasil e Dourados é a bola da vez no Centro Oeste”. Foto: A. Frota

Reportagem do jornal Valor Econômico do dia 11 deste mês aponta que o varejo cresceu muito acima da média nacional entre janeiro e março na região Centro-Oeste. Segundo analista entrevistados pelo jornal, essa tendência deve continuar ao longo de 2014. A reportagem “Na contramão, consumo acelera no Centro-Oeste” aponta o agronegócio como um dos pontos chaves do crescimento.

Dourados, a sétima maior economia da região, formada pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal contribui de forma fundamental para o resultado. De acordo com o estudo do IPC Maps 2014, Dourados, com 16,48%, apresenta o maior crescimento no potencial de consumo entre os 10 maiores municípios da região.

A cidade tem potencial de consumo previsto para 2014 de R$ 4,17 bilhões. É o 7º no Centro Oeste e 114º mercado do Brasil. Neste ano, de acordo com o estudo, serão injetados na economia de Dourados R$ 590 milhões a mais que os R$ 3,58 bilhões de 2013. Com isso, a cidade sobe 8 posições no ranking brasileiro de consumo – ocupava a 122 em 2013.

O segundo maior crescimento do ‘Top 10 Centro Oeste’ é o de Rio Verde (GO), que tem o 9º maior potencial de consumo (R$ 3,59 bilhões). O crescimento no potencial é de 13,2%. A cidade está na posição 132 no país. O terceiro maior crescimento (10,18%) é de Goiânia, a segunda maior economia do Centro Oeste. Na posição 9 no Brasil, a cidade tem potencial de consumo de R$ 32,77 bilhões.

O quarto crescimento é o de Campo Grande, que cresce 7% e chega ao potencial de consumo de R$ 16,74 bilhões. A capital de MS é a terceira economia da região e a 20ª do país. Em quinto vem Cuiabá, com R$ 11,86 bilhões de potencial e 5,9% de crescimento. É a quarta economia do Centro Oeste e a 34ª do país.

Brasília, a maior economia do Centro Oeste, com potencial de consumo de R$ 70,68 bilhões, cresceu 4,6%, ficando em sexto no ranking de crescimento regional. É a terceira maior economia do país. Anápolis, R$ 5,89 bilhões de potencial de consumo, deve crescer apenas 0,85%. É a sexta economia da região e 73ª do país.

Completam o ranking das 10 maiores do Centro Oeste Várzea Grande, Aparecida de Goiânia e Rondonópolis, mas todas essas cidades verão suas economias encolher em 2014. De acordo com o IPC Maps, Várgea Grande (8ª do Centro Oeste e 122ª no Brasil), terá queda de 3,8% no consumo em 2014, que ficará em R$ 3,98 bilhões.

Aparecida de Goiânia (5ª do Centro Oeste e 54ª no Brasil) tem queda de 2% e consumo estimado em R$ 7,58 bilhões. Rondonópolis (10ª do Centro Oeste e 136ª no Brasil) tem queda de 0,8% no consumo, que ficará em R$ 3,50 bilhões.

O crescimento dos índices vem de encontro ao que o prefeito Murilo tem dito. Para ele, o Centro Oeste é a bola da vez no Brasil e Dourados é a bola da vez no Centro Oeste. “Estamos preparando Dourados com a infraestrutura necessária para que a cidade continue sempre crescendo e gerando emprego e renda”, afirma o prefeito.

AGRONEGÓCIO

Para economistas entrevistados pelo Valor, o bom desempenho do agronegócio tem impulsionado a geração de empregos, os ganhos de renda e, por conseguinte, compras de bens de maior valor nessa área do país. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou só 0,2% na passagem do último trimestre de 2013 para o primeiro de 2014, feitos os ajustes sazonais, o setor agropecuário teve expansão de 3,6%.

Segundo o jornal, as contas nacionais dão uma pista sobre o descompasso entre o comportamento do comércio em geral e na média do Distrito Federal e dos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do varejo restrito – que não incorpora automóveis e material de construção – subiu 2,2% nos primeiros três meses do ano no Centro-Oeste, bem acima da média nacional, de 0,3%. No comércio ampliado, que inclui os dois setores, a diferença é ainda maior: as vendas cresceram 3,5% na região e encolheram 0,2% no país.

“Essa ainda é uma região de prosperidade, ao contrário de Estados onde a indústria tem maior peso”, diz Fabio Silveira, diretor de pesquisa econômica da consultoria da GO Associados. Para Marianne Hanson, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o mercado de trabalho mais aquecido tem favorecido o consumo no Centro-Oeste.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), também do IBGE, o contingente de ocupados aumentou 2,6% na região, na comparação do primeiro trimestre com o mesmo período do ano passado, ante avanço de 2% na média nacional. Já a taxa de desemprego do Centro-Oeste ficou em 5,8% nos primeiros três meses do ano, patamar inferior ao percentual consolidado do país, de 7,1%.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, também mostra um quadro mais positivo no Centro-Oeste. De janeiro a abril, a criação de empregos formais subiu 1,1% no total do país e 2,2% na região. Das 60 mil vagas com carteira abertas no primeiro quadrimestre no Centro-Oeste, 19,6% vieram da agricultura. Ainda segundo o Caged, o salário médio de contratação aumentou 1,8% no Brasil e 3,2% no nesta parte do país em abril, em relação a igual mês de 2013.

plugins premium WordPress