Hamburgueria da Capital faz sucesso com carnes exóticas

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Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, empresários montaram uma hamburgueria diferente, que virou um ponto famoso na cidade. Além dos sanduíches tradicionais, eles oferecem lanches com carne de avestruz e de jacaré.

O negócio dos empresários Rafael Petinari, Renato Pasolini e Diogo Saad começou em uma esquina do bairro São Francisco. Em 2010, os três sócios abriram um restaurante especializado em hambúrgueres feitos com carnes nobres. O investimento inicial foi de R$ 90 mil, incluindo reforma do espaço e compra de móveis e equipamentos.

“A gente queria um lanche diferenciado. Aí começamos a fazer pra gente, eu e meus dois sócios, e começamos a gostar do negócio. Daí falamos: vamos abrir uma sociedade e começar a mostrar esse produto pra fora”, diz o empresário Diogo Saad.

Hoje, a empresa tritura mais de 1,5 tonelada de carne por mês. Os hambúrgueres pesam 160 ou 250 gramas. Mesmo sem experiência na cozinha, os donos do negócio criaram as próprias receitas e o produto caiu no gosto dos clientes.

O restaurante é o verdadeiro paraíso para os carnívoros. O hambúrguer não leva cebola, tomate, ovo ou farinha. O único tempero é o sal. Assim, o cliente pode diferenciar claramente os sabores das carnes usadas.

Por mês, 8 mil hambúrgueres saem da chapa. Eles custam entre R$ 11 e R$ 27. São 20 opções de lanches e porções. Picanha, ponta de costela, avestruz e até jacaré estão entre as carnes do cardápio. Quem é vegetariano tem como opção o hambúrguer de proteína de soja.

Após um ano de atividade, os empresários abriram uma filial na Avenida Afonso Pena, ponto comercial famoso em Campo Grande. O local atrai principalmente o público jovem. “Eu sou muito carnívoro e aqui é o lugar de Campo Grande”, afirma o cliente André Tanahara.

Antes de abrir o restaurante, os sócios procuraram apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Eles fizeram o Empretec, curso de capacitação empresarial criado pela ONU, que no Brasil é aplicado exclusivamente pelo Sebrae. Os empresários estudaram como deve ser o comportamento de quem comanda um negócio. Nos seis dias de seminário, o participante revê conceitos e faz exercícios práticos para aperfeiçoar as habilidades de empreendedor.

Os três empresários seguiram à risca as dicas do Empretec. Eles fizeram um planejamento estratégico do negócio, definiram o público alvo, calcularam os riscos e estabeleceram metas de crescimento.

“Ajudou bastante pra iniciar a empresa e, hoje em dia, a gente também coloca bastante em prática outros dados mais avançados do Empretec. Essa capacitação anterior fez com que tivesse um equilíbrio entre os três sócios e isso ajudou bastante”, afirma o empresário Renato Pasolini.

A hamburgueria cresceu cerca de 50% em menos de três anos. A empresa fatura mais de R$ 2 milhões por ano com as duas unidades. Agora, os empresários estão padronizando os dois restaurantes por causa de uma meta arrojada: vender franquias.

“O nosso próximo passo é tentar vender franquias. Parar de vender hambúrgueres e vender empresas. E pra isso estamos procurando os empresários certos, para poder investir o dinheiro e dar retorno tanto pra eles, como pra nós crescermos juntos”, conta Rafael Petinari, um dos sócios.

Pelo menos 1.600 empresários já fizeram o Empretec em Campo Grande e 200 mil no Brasil. Pesquisas indicam que negócios gerenciados por quem faz o curso têm mais chances de sobrevivência no mercado.

“A gente considera extremamente necessário que se invista no comportamento que vai levar às tomadas de decisões com vistas ao sucesso do negócio”, diz Viviane Bastos, do Sebrae em Campo Grande.

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