Inédita, missão ao Paraguai abre caminho para negócios?

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Empresários de Dourados elogiam iniciativa da prefeitura de organizar missão de negócios a Assunción. Foto: Dênes de Azevedo?
Empresários de Dourados elogiam iniciativa da prefeitura de organizar missão de negócios a Assunción. Foto: Dênes de Azevedo?

“Dourados é polo de manutenção e pode sim vir a atender o Paraguai”, diz José Donizete de Lima, 49, gerente da MS Indústria e Comércio de Equipamentos Mecânicos. Ele gostou muito da Missão Dourados-Assunción, liderada pelo prefeito Murilo na semana passada. “O Paraguai está crescendo e se desenvolvendo e isso abre muitas perspectivas de negócios para Dourados”.

Para Donizete, Dourados está numa posição estratégica para fazer a manutenção do parque industrial do Paraguai. Com custo de produção e fiscal 50% menor que o brasileiro e o argentino e praticamente sem barreiras para a exportação, o Paraguai deverá crescer imensamente nos próximos anos.

“Para as indústrias instaladas na região, hoje é muito mais vantajoso fazer a manutenção em Dourados, economizando em transporte e seguro. Hoje nós já fazemos manutenção de moendas de até 78 polegadas aqui em Dourados, que é a maioria usada nas usinas. Só não compramos ainda o torno de 90 polegadas que é o maior por causa da crise do setor”, diz o empresário. O atual torno da MS já é o maior do Estado. A MS gera 16 empregos especializados.

Mas não é apenas o setor sucronergético que gera serviços para as empresas de Dourados. “Estamos atendendo indústrias de todos os segmentos. Recentemente construímos um misturador de micronutrientes para uma fábrica da Heringer de Uberaba (MG)”, conta o engenheiro mecânico, especializado em manutenção, que está em Dourados há dois anos. “Estou muito contente com Dourados; a cidade está pronta para crescer; vai ser a nova Califórnia brasileira”, afirma.

INICIATIVA INÉDITA

Para o empresário Valter Juvenal de Oliveira, 43, sócio da Comagran de Dourados e Naviraí, a “Missão Dourados-Assunción” foi excelente. “É uma iniciativa inédita; nunca tinha visto isto. É muito importante para nós empresários nos atualizamos no mercado e criarmos perspectivas de novos negócios”.

Para Valter, que é administrador de empresas, Dourados tem tudo para se transformar mesmo no polo de manutenção, de peças e insumos industriais do Estado. “A prefeitura está fazendo a sua parte; o restante vai depender da atitude do empresário em criar condições para o fim da dependência de São Paulo”.

Ele cita o próprio exemplo. A Comagran montou em Dourados uma equipe de manutenção e reparo em correias e emborrachamento de rolos. Esse serviço era feito apenas por uma empresa de Campo Grande; agora já é oferecido por Dourados. Com isso, a empresa já atende as usinas do Grupo Odebrecht, Biosev e Bunge e gera 20 empregos em Dourados.

Para Valter, Dourados tem muito a crescer. “Depois do surgimento do setor sucroenergetico, agora há a caminho um novo boom no setor agrícola, com instalação de cooperativas e vários armazéns. Isso vai gerar novas indústrias e o mercado vai ficar melhor ainda”.

Fizeram parte da missão também, além dos empresários entrevistados nesta matéria, o agropecuarista Hélcio Gil, o empresário da área de consultoria José Trevelin Junior, o empresário da área de automóveis Eduardo Guarita, o empresário de revenda de máquinas Rafael Simczak, o empresários de manutenção José Donizete Lima e o empresário de representação Leandro Borges.

A equipe da prefeitura foi formada pelo prefeito Murilo, pelos secretários Neire Colman (Desenvolvimento Econômico Sustentável) e José Jorge Filho, o Zito (Governo), pelos técnicos da prefeitura Wladmir Silva, Ivana Zambersi e Osmário Magalhães, pelo jornalista Dênes de Azevedo e pela assessora do gabinete do prefeito Andreia Viera.

Durante as atividades na Expo Paraguai e nas agendas com autoridades paraguaias, a Prefeitura de Dourados teve o apoio especial do empresário brasileiro naturalizado paraguaio Nevercindo Cordeiro, da Embaixada Brasileira e da Redex, do Ministério da Indústria do Paraguai.

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