Com a revitalização das três principais avenidas na área central de Dourados, o vereador Marçal Filho (PSDB) pede que a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) tome as medidas necessárias para que se faça um investimento nas mais de 2,2 mil vagas de estacionamento rotativo. Muitas vagas estão danificadas e falta identificação dos espaços, causando transtorno aos motoristas.
Não é de hoje que o vereador cobra melhorias no rotativo. Em abril do ano passado ele promoveu audiência pública na Câmara Municipal sobre investimentos no setor. A defensora pública Mariza Fátima Gonçalves, convidada para debater na audiência sobre a questão jurídica do parquímetro, apontou que o contrato não traz responsabilidade de contrapartida para EXP Parking aplicar no município. A empresa é responsável pelo estacionamento pago nas ruas.
Foi questionado durante a audiência que do total arrecadado de quem paga para estacionar, a EXP só tem a responsabilidade de repassar 15% ao município. Não há contraprestação, por exemplo, de manter os estacionamentos em boas condições e de nenhum outro tipo de benfeitoria. Marçal apresentou um dossiê na prefeitura com uma série de sugestões, entre elas, de um estudo sobre o contrato, para analisar se o que está sendo arrecadado pela concessionária gera um eventual ganho excessivo, de forma que possa discutir contrapartida ao município.
Pouco mais de um ano se passou e até agora não houve manifestação da prefeitura. Enquanto isso, usuários continuam a questionar sobre uma série de problemáticas, como a falta de planejamento de investimento nas vagas, já que muitas estão esburacadas; melhoria na sinalização vertical e horizontal (vagas especiais estão apagadas); quantitativo de vagas para idosos e deficientes.
Atualmente, uma das reclamações que muito tem aborrecido os usuários é sobre a ausência da numeração das vagas para que o condutor possa registrar a sua parada através do aplicativo da concessionária. Por causa disso são multados. Para Marçal, a Agetran precisa dar uma explicação sobre o estacionamento rotativo, que não tem apresentado melhorias. A empresa administrará o serviço na cidade por mais oito anos.
Com frota de quase 140 mil veículos, o estacionamento rotativo foi uma maneira encontrada pelo município para dar fluxo às vagas na região central da cidade. Marçal entende que o serviço é essencial, mas segundo ele, usuários estão descontentes, principalmente depois que o estacionamento ampliou para áreas residenciais e de estabelecimentos de saúde.