Em reunião realizada nesta segunda-feira (31), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o novo superintendente do Banco do Brasil no Estado, Glaucio Zanettin Fernandes, ouviu as demandas do setor produtivo sul-mato-grossense representado pelos presidentes da Fiems, Sérgio Longen, da Fecomércio-MS, Edison Araújo, da Famasul, Maurcio Saito, e da Faems, Alfredo Zamlutti.
Segundo Sérgio Longen, o novo superintendente do BB no Estado demonstrou conhecimento sobre a região e que está pronto para atender as nossas demandas. “Ficou claro que precisamos avançar, principalmente, nos programas que envolvem a liberação de créditos e, neste momento de muitas dificuldades para a indústria e comércio, Glaucio Fernandes comprometeu-se em acelerar esse processo”, declarou.
O presidente da Fiems reforçou que o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) é uma ferramenta importante para o setor produtivo estadual e precisa de uma atenção especial por parte do novo superintendente do BB. “Temos projetos identificados e pautados no âmbito do FCO e esperamos que Glaucio Fernandes, com a sua equipe, dê direcionamento a eles para que possamos investir os recursos disponibilizados pelo Fundo pelo menos até o fim deste ano”, salientou.
O banco
Já o novo superintendente do Banco do Brasil, Glaucio Fernandes, destacou que é muito importante para quem está chegando ao Estado conhecer a estrutura local, bem como as principais atividades econômicas. “Felizmente, essa reunião serviu para reunir os representantes da indústria, comércio e agropecuária do Estado e posso afirmar que o interesse e o papel do Banco do Brasil é cada vez mais fomentar o desenvolvimento e atuar de forma célere para contribuir para que todos os processos, linhas de crédito e apoio aos empresários fluam da melhor forma possível”, declarou.
O ex-superintendente do BB no Estado, Evaldo de Souza, garantiu ter convicção que Mato Grosso do Sul está no caminho certo do desenvolvimento empresarial. “Uma das coisas que eu sempre coloquei como ponto forte do Estado é o alinhamento das Federações, essa proximidade que existe entre os presidentes e o Governo do Estado em prol do avanço econômico estadual. Então eu não tenho a menor dúvida que deixamos algum legado sim, mas ainda há tantas outras questões para serem desenvolvidas, construídas e o Glauco Fernandes está chegando agora para dar sequência nisso”, analisou.
Ele lembrou que foram 18 meses bastante intensos à frente do cargo e possibilitou a oportunidade de conviver de perto com os empresários e lideranças estaduais. “Todas essas pessoas me ajudaram muito nesse período e busquei me comprometer de corpo e alma em prol do desenvolvimento estadual. Enfim nós fizemos tudo o que era possível e vou embora para a região de Campinas (SP) administrar uma rede com 350 agências, cinco mil funcionários, 11 superintendências regionais. Vou levar Mato Grosso do Sul no meu coração, vou sentir muitas saudades”, finalizou.
Repercussão
Para o presidente da Famasul, Mauricio Saito, a expectativa é muito positiva em relação ao trabalho da nova direção da Superintendência do Banco do Brasil no Estado. “Nós tivemos na pessoa do Evaldo de Souza, ex-superintendente, um ‘destravador de processos’. Então, no caso do setor agropecuário, toda e qualquer demanda que houvesse dentro da legalidade, ele era o primeiro a ajudar a destravar. E a expectativa é muito positiva em relação ao novo superintendente, o Glaucio Fernandes, que veio com ótimas ideias, com uma boa conversa em relação à perspectiva de Estado e nós, enquanto setor agropecuário, um dos maiores senão o maior parceiro do BB em relação à captação de recursos de investimentos e também de custeio, tem essa característica, nós estamos com uma crença muito grande de que essa parceria extremamente positiva tem tudo a continuar”, afirmou.
Na avaliação do presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, o encontro serviu para demonstrar ao novo superintendente do Banco do Brasil como as federações trabalham unidas no Estado e como o mercado local atua na hora de contratar uma linha de crédito. “Para nós, foi de primordial importância essa reunião em função de servir para mostrar a ele esse processo. Dentro desse relacionamento, esperamos conseguir melhores resultados para contratar financiamentos para os empresários do comércio”, pontuou.
O presidente da Fames, Alfredo Zamlutti, fez questão de destacar que o novo superintendente buscou um contato com as Federações e com os outros empresários. “O presidente Sérgio Longen foi muito claro: do mesmo modo que nós somos amigos, nós também batemos. Então ele já entendeu que nós não misturamos amizade com negócio. Ninguém pede nada errado. Nós queremos agilidade nos financiamentos, principalmente, no FCO. E o Gláucio Fernandes está preparado, vem de uma região onde trabalho há 17 anos só com empresas, então ele conhece bem o sistema”, falou.
O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que também participou da reunião serviu para apresentar ao novo superintendente do BB algumas preocupações que o Governo do Estado e o setor produtivo têm, essencialmente, na questão da aplicação dos recursos do FCO. “No rural, nós estamos conseguindo avançar bem, mas no empresarial tem o problema da economia e, por isso, os empresários estão demandando pouco crédito, mas nós já temos canalizado no próprio banco algo em torno de R$ 300 milhões, então, pedimos a priorização na liberação desses pedidos”, detalhou.
Ele destaca que outra cobrança diz respeito ao fato de o banco ser mais ágil na informação sobre a possibilidade de o interessado poder ou não obter o financiamento. “Que ela receba o não de forma mais rápida, pois, hoje, demora-se muito para dar a negativa. O foco tem de ser o procedimento de encurtar esse tempo de análise do pedido, deferimento ou indeferimento do crédito. O FCO tem uma série diretrizes para atender a pequena empresa e, por isso, é necessário um olhar diferenciado. O banco também precisa ter como foco o fomento”, aconselhou, lamentando a constante mudança no comando da Superintendência do BB no Estado.