Polícia tenta identificar morto eletrocutado em incêndio na subestação da Energisa

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A Polícia Civil tenta identificar por reconhecimento ou DNA, o corpo do homem eletrocutado na subestação da Energisa, em Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira, (5). O corpo foi encontrado por funcionários da Energisa que atendiam o caso de explosão seguida de incêndio na subestação da Vila Progresso.

A suspeita principal é o homem tenha arrombado uma tela de segurança para entrar e furtar fios da subestação. O local é protegido com telas, cerca elétrica e placas de advertência sobre perigo em todas as telas e muros. O Corpo de Bombeiros foi acionado e extinguiu o fogo após desligamento da energia no local.

Furtos de fios na região

Embora o crime de furto de fios ou cabos seja constante em todos os pontos de Campo Grande, moradores da Vila Progresso, podem estar entre os que mais sofrem com onda de furtos de fios. Moradores e comerciantes relatam esse tipo de crime se intensificou nos últimos quatro anos. Para muitos moradores o furto de frios alimenta a “Cracolândia” que virou o bairro, fazendo com que usuários invadam casas e furtem a fiação. Em casos em que moradores não estejam na casa, os ladrões levam até os fios da rede interna.

Receptação escancarada

Moradores não só da Progresso, mas de outros bairros de Campo Grande, vítimas ou não de furtos de fios, definem que o volume desse tipo de crime é grande devido a falta de aplicação da lei principalmente contra os receptadores que quando presos pela polícia, mal passam da audiência de custódia voltando ao mesmo tipo de delinquência.

A Polícia e a Guarda Municipal até prendem receptadores, mas dificilmente se tem notícia de que algum dele pagou pelo crime a não ser algumas horas que passou na delegacia. Por toda a cidade se encontra estabelecimentos que atuam com sucatas, o chamado ferro velho que compram fios, muitos deles não se preocupando com a origem do produto.

Mas existe ainda uma infinidade de “compradores” espalhados pela cidade, empresas clandestinas que atuem justamente com os vendedores de fios e cabos com origem duvidosa. Nesta segunda-feira, (5), um comerciante de recicláveis devidamente instalado e documentado e que só compra fios e cabos de origem definida, comentou que possivelmente agora com a morte ocorrida na Energisa, alguém tome alguma providência real sobre esse tipo de crime.

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