Ponta Porã tem CNH mais cara do Estado

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CNHs para motocicletas são mais caras em Ponta Porã. Foto - Divulgação
CNHs para motocicletas são mais caras em Ponta Porã. Foto – Divulgação

Os centros de formação de condutores de Ponta Porã são os que cobram mais caro para fornecer uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH), se comparados aos de Dourados e de Campo Grande.

Pesquisa de preços efetuada em Ponta Porã, aponta que a habilitação mais barata (para motocicletas, categoria A) custa da autoescola “A”, R$ 915,00, da “B”, R$ 1.000,00 e na “C” e “D”, R$ 1.200,00.

Em Dourados, os preços pesquisados indicaram R$ 891,00; R$ 892,00 e 1.139,28, nos centros de formação “A”, “B” e “C”, respectivamente.

Em Campo Grande, cidade onde o custo da CNH é o mais barato, em três locais os preços encontrados foram R$ 820,00, R$ 809,00 e R$ 580,00. Este último chega a custar menos do que a metade do preço cobrado na fronteira.

Informações fornecidas pela Secretaria Municipal de Segurança Pública apontam que das mais de 7 mil motocicletas cadastradas pela Prefeitura Municipal, 42% dos proprietários (algo em torno de 3 mil) não possuem habilitação.

Ao contrário do que muita gente pensa, o simples cadastramento na prefeitura não evita que a motocicleta seja apreendida. É necessário ter carteira de habilitação, além de todos os equipamentos, como espelhos retrovisores e capacete.

Os fatos são preocupantes, já que a maioria dessa pessoas não tem recursos para tirar a carteira de habilitação, diante dos preços praticados, nem tem condições de parcelar, já que esta possibilidade foi descartada pelas empresas consultadas.

Além disso, informações do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e do Samu, apontam que cerca de 65% dos acidentes de trânsito registrados na fronteira envolvem motocicletas.

Desses acidentes, a maior parte é provocada por imprudência, excesso de velocidade e falta de habilidade para conduzir, o que implica diretamente sobre não estar habilitado.
A Associação Comercial de Ponta Porã até tentou celebrar um convênio com as autoescolas para que as CNHs pudessem ser obtidas a preços populares e que se criasse a possibilidade de parcelamento, mas, a iniciativa não deu certo.

Agora, cada um deve dar o seu “jeitinho brasileiro” para obter o documento que, não é importante só pelo fato de ser documento, mas, e principalmente porque oferece o conhecimento sobre legislação que o motociclista precisa para sua segurança e a de terceiros.

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