
A Associação dos Taxistas de Ponta Porã solicitou, durante reunião realizada nesta segunda-feira (27), o apoio da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP), para evitar que a Prefeitura Municipal retire o Ponto de Taxi Nº 2 de sua localização, à Rua Presidente Vargas, esquina com Rua Marechal Floriano.
A mudança de local, determinada pelo secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, atende à solicitação da Delegacia da Polícia Federal (que alega precisar de mais espaço em virtude de se tratar de área de segurança federal), e antecipa alterações já incluídas no plano de reordenamento do trânsito no centro da cidade, o que inclui a instalação de uma unidade da Guarda Civil Municipal.
Os taxistas, entretanto, alegam que o ponto está em local estratégico, diante da proximidade com o ponto final dos ônibus urbanos, o que favorece o transporte de passageiros para os hospitais e clinicas do município, bem como para atender as pessoas que fazem compras nos comércios dos dois lados da fronteira.
Todavia, mesmo alegando que os taxistas estão naquele local há cerca de 63 anos, a categoria reconhece que é uma concessão do município, que tem livre arbítrio para dar ou retomar no momento em que quiser.
Os profissionais do volante acreditam, porém, que o diálogo é o melhor caminho para se chegar a um denominador comum e aguardam o retorno do prefeito Ludimar Novais, para tentar uma negociação.
Na manhã desta segunda-feira, o presidente da Associação dos Taxistas, Roberto Carlos “Betão” Ferreira, procurou o presidente da ACEPP, Eduardo Gaúna, para solicitar apoio. Gaúna convidou o assessor jurídico da entidade, DR. Hipólito Saracho, para oferecer orientações.
O advogado apontou para o fator concessão, dando conta de que é prerrogativa do Poder Público conceder ou retomar qualquer área do município, portanto, uma batalha jurídica seria longa e demorada.
De qualquer forma, a solução deve ser encontrada através do diálogo. O presidente Eduardo Gaúna manifestou-se favorável à causa dos taxistas, considerando justa a permanência do Ponto Nº 2, no mesmo local onde se encontra há décadas e se mostrou surpreso com o fato da Polícia Federal não construído até agora a sua sede própria na área doada pelo município há mais de 6 anos, próximo ao Cemitério Cristo Rei.
Ele acredita que a PF incomoda sim quem vive ou trabalha nas imediações, principalmente quando interdita aquele quarteirão da Rua Presidente Vargas, ou toma conta de todo o estacionamento com veículos apreendidos.
Gaúna colocou a Assessoria Jurídica e a Assessoria de Imprensa da ACEPP à disposição dos taxistas para o que for necessário.