O tema ‘Rota Bioceânica: conexões sustentáveis na saúde, tecnologia e sociedade’ foi o eixo central que uniu todas as áreas do conhecimento durante o XIV Salão de Pesquisa da UNIGRAN. O evento consolidou-se como espaço decisivo de diálogo interdisciplinar e reflexão sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais dessa nova rota estratégica para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul e do Brasil.
Mais do que um encontro científico, o Salão de Pesquisa, realizado em conjunto com o XVII Encontro de Iniciação Científica e a XII Mostra de Pós-Graduação, mostrou-se um verdadeiro laboratório de ideias sobre o papel da Rota Bioceânica no fortalecimento de práticas sustentáveis e de inovação. A proposta estimulou acadêmicos e docentes de todos os cursos a desenvolverem projetos que conectam ciência, sociedade e desenvolvimento regional.
A palestra de abertura, ministrada pela economista Caroline Dionísio Vivaldi, especialista em finanças sustentáveis e cooperação internacional, trouxe reflexões sobre os desafios de integração entre os países que compõem o corredor bioceânico e o potencial econômico e ambiental dessa iniciativa. Segundo ela, o tema exige da academia um olhar estratégico sobre políticas públicas, infraestrutura, meio ambiente, comércio exterior e inclusão social.
Para a coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UNIGRAN, Dra. Gabrielle Pagliusi Paes de Lima, o impacto do tema foi perceptível em todas as etapas do evento.
“Queríamos que mais pessoas conhecessem o potencial do Mato Grosso do Sul e os frutos que podemos colher com o desenvolvimento sustentável. Tenho certeza de que a semente do conhecimento foi plantada em todos que participaram”, completou.
Entre os 259 trabalhos inscritos, o enfoque na Rota Bioceânica apareceu em pesquisas sobre logística, agricultura, saúde pública, meio ambiente, direito e políticas sociais, evidenciando a transversalidade do tema. Para Gabrielle, essa integração demonstra maturidade científica e o fortalecimento da cultura de pesquisa dentro da instituição.
“Na minha visão, o Salão de Pesquisa renasceu! Os resultados foram melhores do que eu imaginei, tanto pela participação quanto pela qualidade dos trabalhos. Foi emocionante ver alunos levando familiares e amigos para prestigiar suas apresentações. Pais orgulhosos, colegas torcendo, grupos ensaiando até o último minuto, tudo isso demonstrou o comprometimento dos nossos acadêmicos e o valor que dão à pesquisa”, destacou.
Entre os trabalhos premiados, o acadêmico Renato de Souza Coutinho, do 8º semestre de Agronomia, apresentou o estudo “Efeitos do bioinsumo Auras (Bacillus aryabhattai) em diferentes manejos do solo na cultura da soja”, pesquisa voltada à mitigação do estresse hídrico.
“Foi uma experiência incrível. Pude mostrar um trabalho que desenvolvemos com dedicação e ser reconhecido pelos avaliadores foi muito gratificante. A presença das famílias no evento mostrou o quanto a pesquisa também envolve a comunidade”, afirmou o estudante.
Já a acadêmica Maria Aparecida de Souza Rodrigues, do 2º semestre de Direito, destacou o impacto formativo da experiência.
“Foi a primeira vez que participei de um evento científico, e fiquei encantada com o nível das apresentações. Nosso grupo pesquisou o significado do voto no Brasil e se ele ainda representa um ato democrático ou apenas uma obrigação civil. Ver a dedicação dos colegas e o incentivo da UNIGRAN foi inspirador”, relatou.
Durante os três dias de evento, foram apresentados trabalhos nas áreas de Ciência e Tecnologia, Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanidades, Desenvolvimento Econômico Sustentável e Produtos Naturais. As atividades incluíram mostras de totens, apresentações de banners e web conferências, além da certificação dos melhores trabalhos no encerramento:
1º Lugar – Sistemas de manejo do solo associado ao bioinsumo auras na cultura de soja. Acadêmicos: Aline Fernandes, Renato De Souza Coutinho, Marcos Vinícius Apolinário Garcia, Cácia Leila Tigre Pereira Viana, Sálvio Napoleão Soares Acoverde, Mateus Luiz Secretti, Maílson Vieira Jesus.
2º Lugar – Potencial fotoprotetor do guabijú: inovação e sustentabilidade a partir do cerrado. Acadêmicos: Raquel Laedja da Silva e Giovanna Eduarda Machado.
3º Lugar – Potencial antimicrobiano do óleo essencial ozonizado: avaliação da eficácia contra patógenos bacterianos e fúngicos. Acadêmicos: Sophia Kayla Silva Palhano Oliveira, Talita Lewandowski, Maria Fernanda Paraizo Arguelho, Gabrieli da Silva.