A Secretaria Municipal de Saúde de Caarapó promoveu no último dia 8 de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, na sede do CRAS, palestra direcionada aos trabalhadores em saúde do município, especialmente para o público feminino. O evento discutiu os desafios da mulher nas suas fases da vida e sua saúde emocional.
A condução da palestra ficou a cargo da terapeuta floral Joseanne Roque, que possui em seu currículo o título de Embaixadora da Paz pelo Círculo de Embaixadores da Paz de Genebra e é professora practitioner. É também diretora do Núcleo de Implementação Estratégica em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e Educação de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a enfermeira Valéria Barros de Oliveira, coordenadora de Atenção Primária de Saúde e uma das responsáveis pela organização do evento, após o mundo passar por um período difícil da pandemia de Covid-19, evidenciou-se o cansaço físico, mental e emocional da grande maioria dos trabalhadores, o que exige uma ação efetiva de atenção e cuidado com a saúde emocional. “A terapeuta Joseanne, além de conversar com todas as equipes de Atenção Primária de Saúde Municipal, também realizou atendimento individualizado com servidores da nossa secretaria. A profissional prescreveu florais de acordo com a necessidade de cada um”, informou a enfermeira.
Citando o Ministério da Saúde como fonte, a enfermeira Valéria Oliveira explica que a terapia de florais é uma das 29 Práticas Integrativas e Complementares no SUS e ajudam a complementar a medicina tradicional com profissionalismo e respeito ao ser humano. Essas PICS servem para amenizar stress, ansiedades, como também tratar o esgotamento profissional que tira tantos profissionais de seus ambientes de trabalho, afinal todos nós buscamos o tão almejado equilíbrio emocional. “A terapia floral age nas emoções, partindo da ideia de que todo desequilíbrio físico é decorrente de uma desordem emocional”, pontua a enfermeira. “Os florais, assim como as outras PICS, não substituem o tratamento medicamentoso, mas complementam, de uma maneira natural, pela melhor qualidade de vida, sendo assim abraçada pelo Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e adotada pela Secretaria Municipal de Saúde”, acrescenta.
Informações do Ministério da Saúde revelam que a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC) foi instituída em 2006, com o objetivo de melhorar a qualidade de atendimento à população, e fazem parte dos serviços da Atenção Primária à Saúde. Atualmente, 29 práticas são oferecidas pelo SUS: apiterapia, aromaterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, dança circular, geoterapia, hipnoterapia, homeopatia, imposição de mãos, medicina antroposófica, medicina tradicional chinesa/acupuntura, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, ozonioterapia, plantas medicinais e fitoterápicos, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, terapia de florais, termalismo social/crenoterapia, e yoga.
As PICS propõem uma abordagem integral das pessoas, que levam em conta a interação do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva e fortalece a inserção, o reconhecimento e a regulamentação dessas práticas, produtos e praticantes nos sistemas nacionais de saúde.