Durante o lançamento da pedra fundamental da nova linha de produção da Eldorado Brasil em Três Lagoas (MS), nesta segunda-feira (15/06), o presidente-executivo José Carlos Grubisich destacou que o Senai vai capacitar a mão de obra para atender a nova planta da indústria de celulose na cidade. “O Senai tem sido extremamente importante para a Eldorado desde o início das nossas reflexões de projetos. Em 2010 e 2011 foram parceiros no processo de formação das equipes nessa primeira linha de produção da Eldorado. Esse projeto vai ter alta tecnologia, vai ser a maior fábrica do mundo e terá nível de automação importante e sofisticado, então precisamos ter pessoas muito bem treinadas, com conhecimento e o Senai traz isso para nós”, declarou.
Ele ressaltou que a nova linha de produção terá capacidade de produção de 2 milhões de toneladas de celulose por ano e início de operação previsto para o primeiro semestre de 2018. A construção terá investimento estimado de R$ 8 bilhões, com geração de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos ao longo da obra e 400 novos postos de trabalho na área industrial quando a fábrica começar a operar. Além disso, terá capacidade de geração de energia equivalente a 328 Mwh e o excedente, que seria suficiente para abastecer uma cidade de 750 mil habitantes, deve ser vendido para o sistema elétrico nacional.
O vice-presidente da Fiems para a Região Leste, Roberto José Faé, destacou que a construção da fábrica é um investimento importante para o Estado e demonstra, claramente, que é possível crescer nas adversidades. “Essa duplicação do parque industrial da Eldorado é um ato de coragem e confiança em Mato Grosso do Sul, principalmente, nesse momento em que impera no País um grande pessimismo. Esse é o caminho para fortalecimento da economia local e das oportunidades no nosso Estado”, afirmou.
O presidente do conselho de administração da Eldorado Brasil, Joesley Mendonça Bastista, falou do desenvolvimento econômico e social da região já comprovado com a presença da linha de produção da Eldorado. “Há 5 anos nós estávamos aqui em uma fazenda falando da realização de um sonho. Conhecidos como investidores no setor frigorífico e de repente realizamos esse investimento audacioso de bilhões de dólares para iniciar a construção e hoje superamos, já contamos com uma base de floresta plantada de eucalipto e temos a otimização da matriz energética”, pontuou.
O governador Reinaldo Azambuja ressaltou que o segmento cresceu, aumentou a capacidade e a logística também favorável ajudou a melhorar a competitividade nos mercados. “No momento em que se vê crise eu vejo esse momento que o grupo vem investir ainda mais aqui, onde mesmo com a crise ainda surgem oportunidades”, disse, lembrando que entregará ainda nesta segunda-feira (15/06) à Assembleia Legislativa o projeto de lei, diminuindo o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do diesel de 17% para 12% para tornar o preço do combustível mais competitivo com o cobrado em outros Estados.
“Nós sabemos que o diesel é um insumo importante nessa cadeia produtiva no setor florestal. Então isso tudo é para aumentar a competitividade do nosso Estado em relação aos outros estados”, afirmou Reinaldo Azambuja, completando que vai encaminhar também um projeto de lei que diminui a alíquota de ICMS sobre todo o excedente da bandeira tarifária de energia do setor produtivo. “Isso também aumenta a competitividade com outros Estados e iguala a carga tributária com outras unidades da Federação, que também são competitivas”, finalizou o governador.
Para a senadora Simone Tebet, a fábrica tem dupla importância no aquecimento da economia local e na qualificação da mão de obra. “A crise econômica, social e política, com a recessão e juros altos gera números preocupantes, mas conseguimos ver em Três Lagoas condições naturais, humanas e geográficas para continuar se desenvolvendo”, falou. Já a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, disse que o município está caminhando contra a crise que o Brasil se encontra. “A cidade que antes era monoprodutora passou a ser o município mais industrializado do Mato Grosso do Sul”, pontuou.