Universitária mentiu sobre estupro

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Coletiva foi realizada nesta segunda-feira. (Foto: Fabiane Dorta/Dourados News)
Coletiva foi realizada nesta segunda-feira. (Foto: Fabiane Dorta/Dourados News)

Autoridades policiais e universitárias estiveram reunidas na tarde desta quinta feira (05) para falar sobre o fim das investigações onde um ex namorado foi acusado de estupro por uma universitária matriculada no curso de Letras da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). O suposto crime teria acontecido na proximidades da biblioteca da instituição.

Desde o começo das investigações os policiais desconfiaram da versão dada pela estudante de 25 anos e a delegada Paula dos Santos Oruê, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), disse que tudo não passou de uma fraude para encobrir uma relação sexual consentida com um homem casado.

A jovem se relacionou com o homem na biblioteca desativada da praça do terminal de transbordo e depois da relação houve sangramento e como não tinham o que dizer para seus familiares, inventou a história e acusou um ex namorado.

“Não houve crime e temos que esclarecer à imprensa porque o caso ganhou repercussão nacional”, disse a delegada. Ela informou que no dia do suposto crime iniciou-se às investigações e diligencias para encontrar o então acusado de cometer o estupro. O homem foi conduzido à delegacia e indicou colegas de trabalho (prestadores de serviço da prefeitura) para informar que no dia do crime ele estaria de serviço.

“Para a infelicidade dele os colegas informaram que entre alguns horários não tinham visto o então acusado no local. Ficamos com essa dúvida porque a palavra da suposta vítima era forte”, disse a delegada.

Como a estudante informou em depoimento que na universidade haveria vestígio de sangue que comprovasse a violência, equipe de perícia foi ao local e com o auxílio das universidades (ambas dividem mesmo espaço na chamada Cidade Universitária) não foi encontrado vestígios de crime que tivesse ocorrido da forma narrada pela aluna. Isso deu forte indicio para a polícia suspeitar que o crime não ocorreu no local.

As investigações continuaram e inúmeras pessoas foram ouvidas e chegaram a uma testemunha fundamental, segundo a delegada, apontada pela estudante. Com apoio das universidades a polícia chegou até uma outra acadêmica que narrou o ocorrido. “Pela narrativa pudemos perceber que não se tratava de uma vítima com crime tão grave como estupro”, disse à imprensa a delegada.

Por ter mentido, a delegado disse ainda que a estudante poderá ser indiciada por denunciação caluniosa e se pegar pena poderá cumprir de 2 a 8 anos de prisão.

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