AMPLAVISÃO – Anonimato: inimigo maior do político

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SAMBA DO TRIPLEX. Negrinho da Beija Flor gravou ‘Não é Nada Meu’, sucesso na internet ironizando o ex-presidente Lula (PT), seu padrinho de casamento. Curta a letra: “Não é nada meu, na verdade é meu Excelência. Não tenho nada/ Isso é tudo de amigo meu/ E o triplex da praia, me diga de quem é? É de amigo meu/ E o sítio de Atibaia, de quem é que é? É de amigo meu/ E aquela fundação que carrega seu nome? É de amigo meu/ E aquela ilha que o senhor descansa? É de amigo meu/ Quem paga as contas de sua mordomia? É de amigo meu/ E aquele jatinho que o senhor usa? É de amigo meu/ E aquele filho milionário? Excelência, esse não é meu”.

INTOCÁVEIS? Muitos que já ocuparam cargos eletivos se julgam acima do bem e do mal, como se protegidos eternamente por película inviolável. O recente caso em que o ex-presidente Lula (PT) levou uma cacetada da justiça em Santa Catarina no episódio da faixa com os dizeres: “Lula cachaceiro devolve meu dinheiro” mostra o contrário. A sentença é de uma sabedoria a toda prova: Ora! Quem exerce cargo público está sujeito a críticas de toda ordem e proibi-las seria exercitar a censura, a qual sempre foi condenada pela esquerda. As fotos mostram que Lula gosta de bebida alcoólica e sua condenação em 2ª. instância comprova sua conduta ilícita. Certo?

‘INESQUECÍVEIS’.  Com o devido respeito que todo ser humano merece é inegável que o ex-deputado federal Edson Girotto (PR) jamais esquecerá o Natal de 2019 e o início de 2020 que passou atrás das grades após ver negado vários remédios judiciais interpostos pela sua defesa.  Mesmo com a sua possível ida para a Colônia Penal as marcas desta experiência horrorosa permanecerão. Quando se toca no assunto por aí ouvimos colocações irônicas sobre a participação dele e de outros personagens (amigos?) Também acusados que conseguiram a liberdade. Por uma série de fatos sabe-se que ele jamais cogitou em assumir uma delação. Por enquanto paga sozinho a conta.

BAIXA NO FRONT Em março de 2019 o deputado estadual Jamilson Name sonhava alto – disputar a prefeitura de Campo Grande – em declarações publicadas na mídia. Mas sua situação no PDT piorou e ele inteligentemente recorreu à justiça conseguindo do desembargador Divoncir S. Maran autorização para deixar o partido sem incorrer na perda do mandato. Mas veio o inesperado; seu pai Jamil Name acabou preso junto com seu mano Jamil Name Filho (Jamilzinho) num caso policial amplamente divulgado, atingindo assim em cheio as pretensões do deputado estreante ainda sem partido.

SEM DESTINO   Já que a coluna começou o ano falando do PDT, não há como ignorar a situação do vereador Odilon de Oliveira Junior e de seu pai Odilon de Oliveira no partido. Ambos estão analisando o cenário político da capital para definir qual caminho seguir neste pleito de 2020.  Quanto ao vereador que foi eleito com 6.825 votos, presume-se que deva se reeleger mesmo porque obteve 19.198 votos no Estado para deputado federal, tendo assim seu nome bastante divulgado. Em relação ao ex-Juiz Federal, excluindo a candidatura a prefeito, ficaria amputado à espera do pleito de 2022.

DICULDADES.  Tenho sempre observado neste espaço de que todo político precisa ter seu grupo político onde devem pontificar vereadores, deputados, senadores e outras lideranças. Aliás, já antevi a eventual situação do ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) que anuncia sua pretensão de tentar o governo estadual, mas que antes terá que agrupar gente de votos para ampará-lo. O mesmo raciocínio se aplica ao ex-Juiz Odilon com a agravante: ele é inexperiente na política e seu excerto impediu-lhe deste exercício. E mais, seu discurso de ‘mudanças’ corre o risco de ficar ‘gagá’ em 2022.

FUMAÇAS.  De vez em quando o nome do ex-Juiz Odilon é citado por frequentadores do saguão da Assembleia Legislativa. Há elogios na mesma proporção das críticas. Ali naquele pedaço ninguém escapa ileso. Fala-se que as relações entre Odilon e o prefeito Marcos Trad (PSD) vem melhorando dia a dia – muito além do cafezinho servido com toalhas de renda portuguesa. Neste festival de gentilezas não se sabe por enquanto que papel estaria reservado ao ex-juiz que não parece satisfeito apenas com as lides da sua advocacia. Aposentado e com saúde quer algo mais. Gosta da notoriedade.  Enfim, pai e filho e o prefeito Marquinhos’ vão bem – obrigado’.

ANONIMATO.  Nunca vi quem adotasse o anonimato como postura e conseguisse se eleger para algum cargo eletivo. Sem que seu nome tenha publicidade é impossível se tornar conhecido, memorizado junto a opinião pública. Mesmo o político que já tenha passado pelo poder, gosta de ver seu nome ou foto estampado na mídia. A simples citação de seu nome numa boa notícia já funciona como lenitivo ao seu ego. Políticos são mais vaidosos. Têm medo da sombra do anonimato, parente da solidão. Pior que a solidão do poder é a solidão fora dele. A propósito – com a palavra alguns políticos que surfaram durante anos no poder aqui no MS hoje curtem esse castigo. A conta chegou!

HABILIDADE.  Marcos Trad (PSD) chegando além do esperado. Com o passar do tempo o prefeito da capital que teve a coragem de romper com o MDB, vai alinhavando acertos e alianças. O que se deve levar em conta não é apenas seu prestigio crescente devido a sua gestão, mas sim também pelas suas incursões que desarmam ou ao menos enfraquecem eventuais ou pretensos adversários. Essa relação harmoniosa com certas lideranças de outros partidos é uma paquera com tendência a namoro e algo mais para 2020. Essa tática oxigena sua imagem e inibe concorrentes com a bandeira do ‘novo’.

USE – ABUSE.  Se no passado o político era fiel ao seu partido hoje ele troca de partido na mesma proporção que muda de roupa. É que o Tribunal Superior Eleitoral promoverá ao partir de abril mais uma edição da ‘janela partidária’ que possibilitará (no período de 30 dias) aos atuais vereadores mudarem de agremiação partidária sem risco de inegibilidade ou perda de mandato.  É a chamada lei da conveniência para acomodar ou atender aos interesses dos detentores de mandato antes das eleições deste ano. Cada vereador faz a análise do potencial de seu partido sabendo de que neste próximo pleito acabou a mamata de se eleger de carona nos votos de outros candidatos.

SOBREVIVÊNCIA.  No fundo o vereador tem consciência de seu valor no contexto político partidário. É ele que fica na linha de frente, no front da batalha em qualquer eleição. É ele que mantém o contato diário com eleitor – de quem recebe aquelas reivindicações estapafúrdias ou não. Deputados e senadores principalmente sabem da importância deles no frigir dos ovos e tentam manter boas relações na medida do possível. A propósito – aqui na capital alguns partidos correm o risco de ficar sem representantes. Seriam os casos do PDT, PTB, PSB.

DETALHES   As coligações estarão assim proibidas para a vereança com os partidos concorrendo em listas separadas, sem alianças. Para determinar a composição das câmaras será considerada apenas a votação obtida pela lista de cada partido nas eleições proporcionais. Cada partido poderá lançar até 150% do número de vagas existentes na câmara, sendo que nos municípios com até 100 mil eleitores poderão ser registradas candidaturas no total de 200% do número de vagas a preencher.

LEMBRA?  Já faz um ano que o Ministério do Trabalho foi extinto e ninguém se lembra dele ou sentiu falta. Falta agora extinguir a Justiça do Trabalho e mandar seus funcionários para a Justiça Federal e os processos para a Justiça comum – acabando com os gastos dessa máquina que atrapalha a produção de bens e serviços no país. Aliás, o pessoal da Justiça do Trabalho morre de medo de ter que trabalhar na Justiça Federal onde não falta serviço.  Não se justifica tantos gastos com a Justiça do Trabalho aí no interior do Estado e do Brasil. Cada processo trabalhista custa uma nota preta para nós contribuintes. Só no Brasil mesmo!

IMAGINE!  Se neste primeiro ano do Governo Bolsonaro tivesse havido escândalos de corrupção como os que ocorreram no Governo Dilma! Se a inflação tivesse disparado, a Bolsa de Valores despencada, o desemprego aumentasse e a balança comercial com resultado desastroso! Certamente   que os arautos da esquerda intelectual e sindical (Globo & Folha & Cia) estariam babando para influenciar a opinião pública. Com esses resultados positivos a crítica ficou castrada, sem argumentos sólidos e para compensar a perda apela para fatos menores no contexto econômico. A aprovação do governo e do ministro Sergio Moro da Justiça mostra que estamos no rumo certo!

REPETINDO.  A classe média cansou de carregar o país e ser chamada de direita pela mídia. Chegou a hora em que essa classe resolveu assumir seu papel na defesa do Governo e na crítica ácida contra a corrupção através dos meios disponíveis, ou seja: as redes sociais. Sem espaço e acesso nos grandes veículos de comunicação (adversários desmamados pelo atual Governo) a classe média criou coragem, denuncia, rebate em alto bom som as argumentações da esquerda. Hoje a classe média reconhece até que pecou lá atrás quando apoiou FHC e se acovardou não indo para as ruas como tem feito. A classe média deixou de ser coadjuvante para ser protagonista. Ainda bem!

PARA REFLETIR:

“Nada do que foi será/De novo do jeito que já foi um dia/Tudo passa, tudo sempre passará/ A vida vem em ondas/Como um mar/Num indo e vindo infinito/Tudo que se vê não é/ Igual ao que a gente viu há um segundo/Tudo muda o tempo todo no mundo…” (Lulu Santos – ‘Como uma Onda’)

“Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar/E sim sobre cada momento/ Sorriso a se compartilhar/Também não é sobre correr/Contra o tempo para ter sempre mais/Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás/Segura teu filho no colo/Sorria e abraça teus pais enquanto estão aqui/Que a vida é trem-bala parceiro/ E a gente é só passageiro prestes a partir…” (Ana Vilela – ‘Trem Bala’)

BOLSONARO: “Se o pessoal do campo parar, o pessoal de paletó e gravata morre de fome”.

FACEBOOK: “Incêndio na Austrália e o Papa, ONGS, Gleta, Anita, Leonardo Di Caprio, Macrom se calam”.

LIMA DUARTE: “ Lula faz a glamorização da ignorância”.

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