O Ministério da Defesa e a Força Aérea Paraguaia (FAP) estão finalizando os detalhes para a chegada das quatro primeiras aeronaves Super Tucano, prevista para sexta-feira, (27) deste mês. Para isso, o Ministério da Defesa está preparando um grande evento que será realizado na 1ª Brigada Aérea, em Ñu Guazú, com a presença do Presidente da República, Santiago Peña, e onde todos que desejarem ver de perto a nova aeronave serão bem-vindos.
Essas aeronaves foram adquiridas pelo Paraguai da empresa brasileira Embraer a um custo de US$ 105 milhões. Elas fazem parte de um pacote que inclui treinamento de pilotos, manutenção e garantia de um ano e um lote de peças de reposição. Elas serão utilizadas principalmente no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. A compra é financiada com um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e faz parte de um plano de modernização das Forças Armadas.
Atualmente, uma delegação liderada pelo Tenente-Coronel Fábio Crispín Candia Melgarejo está no Brasil realizando voos de teste e verificações técnicas na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo. Essas aeronaves, amplamente utilizadas em missões de ataque leve, vigilância e treinamento avançado, começarão a operar no espaço aéreo paraguaio dias após o pouso, fortalecendo a capacidade de patrulhamento e patrulhamento de fronteiras do país contra o crime transnacional, segundo as Forças Armadas.
Os A-29 Super Tucanos são equipados com painéis de instrumentos digitais, lançadores de sinalizadores, escudos externos, telêmetros a laser e capacidade de lançar bombas guiadas a laser. O Ministro da Defesa, Óscar González, afirmou que a legislação militar permite o abate de aeronaves irregulares com tiros de intimidação, por isso está confiante de que o espaço aéreo estará bem protegido.
“São quatro aeronaves, das seis adquiridas. As quatro primeiras aeronaves chegarão no dia 27 de junho. Teremos os portões abertos no quartel-general da Força Aérea Paraguaia para que os cidadãos possam vir até o quartel-general e ver essas aeronaves. Essas aeronaves têm metralhadoras incorporadas ao seu sistema de armas. São para dois pilotos, um responsável pela aeronave e o outro pela arma. Temos condições de pousar essas aeronaves irregulares. A lei nos autoriza a disparar tiros de intimidação, e não há possibilidade de uma aeronave cruzar o território paraguaio para nos debochar”, afirmou.
As aeronaves contam com apoio logístico, peças de reposição e manutenção programada, além de estações para planejamento de missões, instruções e briefings, que fazem parte do contrato. Radar. Além das aeronaves, a Força Aérea aguarda a chegada de dois radares que já pertenciam ao governo paraguaio, mas foram enviados a Israel para reparos por não estarem mais operacionais.
González reconheceu que ambos têm capacidade limitada, mas que com “boa localização e trabalho de inteligência”, os resultados serão positivos na detecção de voos irregulares. O Estado também adquiriu um radar com sistema de comando e controle dos Estados Unidos por US$ 45 milhões, com prazo de instalação de 30 meses pelo fornecedor. Isso significa que eles devem chegar em 27 meses.
Aproximadamente oito pilotos paraguaios estarão no comando da impressionante aeronave. Os oito pilotos paraguaios estão no Brasil recebendo treinamento especializado para operar essas aeronaves, que contam com tecnologia de ponta, de acordo com o Comandante da Aeronáutica, General Julio Fullaondo.
“O processo de treinamento de pilotos começou há algum tempo e continuará aqui. Quatro instrutores brasileiros virão, e o treinamento de pilotos levará aproximadamente três meses”, afirmou. Ele mencionou que, assim que pisarem em solo paraguaio, os aviões estarão operacionais. “Eles estarão lá, voarão, mas há um período de treinamento de pilotos. Os oito pilotos que estão sendo treinados pelos instrutores brasileiros continuarão o curso aqui, e o curso levará aproximadamente três meses para ser concluído”, acrescentou.
“Essas quatro aeronaves farão parte das capacidades orgânicas de defesa do espaço aéreo da Força Aérea. Esses meios conferem ao nosso país, a Força Aérea, capacidade de defesa contra qualquer tipo de ameaça. E o inimigo atual que enfrentamos na região, como todos sabemos, é o narcotráfico e o crime organizado internacional”, afirmou o comandante militar sênior.
As aeronaves equiparão o Grupo Aerotático da FAP da 1ª Brigada Aérea de Luque, na Base Aérea de Ñu Guazú. A missão principal desses caças será a vigilância do espaço aéreo contra aeronaves ilegais, assistência em voo e patrulhas. Secundariamente, realizarão ataques, apoio aéreo aproximado e reconhecimento, mencionou o General Fullaondo.