Na Expoagro, técnicos e produtores discutem sistema para ter seguro rural

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Executivo de seguradora Renato Alexandre Ramos fala para produtores sobre a formatação de uma apólice específica para a região de Dourados. Foto: Dirceu Hall/DHE Produção
Executivo de seguradora Renato Alexandre Ramos fala para produtores sobre a formatação de uma apólice específica para a região de Dourados. Foto: Dirceu Hall/DHE Produção

Um grupo de produtores rurais de Dourados e região deu mais um passo importante para a ampliação dos benefícios do seguro rural, um dos grandes entraves para a produção atualmente. Um seminário, na noite desta segunda-feira, 26, no auditório do Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, ampliou as discussões sobre o tema, fazendo parte da 50ª Expoagro (Exposição Agropecuária Internacional de Dourados).

O seminário com o tema ‘Seguro Rural, um novo produto para MS’, promovido pela Aastec-MS e o Sindicato Rural de Dourados, com apoio do GPP, foi conduzido por Renato Alexandre Ramos, da corretora Howden Brasil, que intermédia a contratação de uma seguradora para assegurar a produção de soja e milho da Grande Dourados. Discussões estão avançadas com a gigante do setor Swiss Re.

A proposta, segundo Renato, é formatar um sistema de apólice específico para a região, que pode ser anual, contemplando as safras de soja e milho juntas. “É uma idéia pra gente começar a discussão”, afirmou. A proposta seria construída em cima de dados históricos e de produção da região, com participação direta dos produtores, através de suas entidades organizadas.

Renato citou o exemplo da Coamo, que já tem um seguro rural desenvolvido para os seus produtores na região de Campo Mourão, no Paraná. “Lá a seguradora só confirma o seguro do produtor após o aval da Coamo”, disse. “Mas lá eles estão muito avançados, já há uma maturidade. Aqui precisamos começar”, acrescentou.

O executivo de vendas da Howden lembrou que seguro é questão de cultura. “Ninguém faz seguro pra usar, mas se precisar usar tem de ter a certeza que haverá a cobertura. Neste sentido, segundo ele, a Swiss Re é uma grande companhia mundial que pode atender com segurança os produtores de Dourados. “Mas isso não quer dizer que não possamos formatar propostas com outras companhias”, ressaltou.

Segundo ele, no Brasil apenas 8% do plantio de lavouras são segurados, realidade muito diferente da dos Estados Unidos. “Mas esta realidade está mudando; do ano passado para cá o crescimento foi de 54%”, diz. A dificuldade, segundo Renato, é formatar produtos específicos para cada área e cada região, já que o Brasil, com características continentais tem realidades de geografia e clima muito diferentes de um local para outro.

O desafio, segundo ele, é criar produtos regionalizados, já que o Brasil tem dimensões continentais, com geográfica e clima muito diferentes de uma região para outra. “Por isso é importante criar aqui um grupo que faça os estudos necessários que viabilizem a criação do produto”, ressaltou.

Programação

Nesta terça-feira, 27, às 14h no auditório do parque tem o 3º Seminário Sucroenergético, que tratará do programa de cana-de-açúcar para Mato Grosso do Sul. Às 19h, também no auditório do parque tem o ‘Circuito Aprosoja’. O evento tratará principalmente do mercado do cereal.

Na quarta, às 22h, acontece o esperado show de Jorge & Mateus, que não foi realizado domingo passado por causa das chuvas. O espetáculo é um dos mais aguardados desta edição da Expoagro.

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