O prefeito afastado de Campo Grande Gilmar Olarte está sendo pressionado por amigos e familiares a abandonar o mandato do qual tomou posse em março de 2014. Se ele ceder à pressão e renunciar, consequentemente, perderá o foro privilegiado que tem direito pela função ocupada até agosto de 2015. A cobrança para deixar de lado a função pública tem sido intensa desde sua prisão na semana passada, pela participação em suposto esquema de compra de votos para cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).
Além disso, segundo inquérito da operação Coffee Break do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) — braço direito do MPE (Ministério Público Estadual), há indícios de que durante o processo para tirar o progressista da prefeitura, Olarte tenha cometido os crimes de associação criminosa (formação de quadrilha), corrupção e outros delitos graves.
No meio jurídico, a renúncia seria manobra da defesa para desviar a atenção em torno de Olarte que, nos últimos dias, sentiu na pele os efeitos da investigação do Gaeco. Preso por cinco dias, ele teve a rotina de um detento cumprindo pena no complexo da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande.