STF concede liminar e reintegração em área de conflito é suspensa

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Índios liberaram rodovia por volta das 6h30 de hoje. (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)
Índios liberaram rodovia por volta das 6h30 de hoje. (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

Depois de todo o aparato preparado para a reintegração de posse das fazendas Fronteira, Cedro e Primavera, ocupadas por indígenas desde o dia 22 de agosto, em Antônio João, a Justiça concedeu liminar que suspendeu a reintegração das propriedades localizadas em Antônio João, cidade distante 402 quilômetros da Capital. A decisão saiu na madrugada desta quarta-feira (21) e é de autora da ministra Cármem Lúcia.

Comboio com homens do Exército, da Polícia Federal, do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Força Nacional e do Batalhão de Choque da Polícia Militar seguiram com destino à área ocupada na manhã de ontem.

A expectativa era que o mandado de reintegração de posse fosse cumprido na manhã de hoje. No entanto, por volta das 2h30, a Fundação Nacional do Índio (Funai) teve o recurso atendido pela ministra.

De acordo com o coordenador da Funai de Ponta Porã, Elder Ribas, um dos motivos para o deferimento do pedido foi em razão da tensão na região. “Poderia haver derramamento de sangue”, disse.

Ao saber da decisão favorável, parte dos cerca de 800 índios que estão nas três fazendas foram para a BR-384. Por volta das 4 horas de hoje, os indígenas bloquearam a rodovia e exigiam que a Funai garantisse que a decisão judicial tinha mesmo saído.

A rodovia só foi liberada às 6h30 de hoje e parte do comboio com as forças de segurança começam a se retirar de Antônio João.

A expectativa agora é que os homens sigam para Amambai, cidade onde há área que deve ser reintegrada na próxima sexta-feira (23). A Funai também recorreu no processo da área, mas ainda não houve decisão.

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