Todos os anos, a UFGD participa das campanhas nacionais alusivas ao Novembro Azul com ações de conscientização, prevenção e rastreamento no combate ao câncer de próstata. Em 2020, a organização dessas ações não foi possível, devido ao estado de calamidade decorrente da pandemia de covid-19.
Mas para contribuir, mesmo que virtualmente, com a conscientização em relação à saúde do homem, a Unidade de Suporte à Urgência e a Assessoria de Comunicação da Universidade produziram um vídeo com o cirurgião oncológico atuante no Hospital Universitário da UFGD, Vitor Arce Cathcart Ferreira, que explicou de forma didática como acontece o desenvolvimento do câncer de próstata, com desenhos e imagens reais, e ressaltou a importância dos exames de prevenção. O especialista chamou a atenção para evolução das tecnologias para diagnóstico e apontou um dado importante: para pacientes diagnosticados, a chance de vir a óbito em um período de 10 anos é de apenas 5%, daí a importância de exames preventivos.
De acordo com Vitor, os fatores de risco para a doença são: envelhecimento (as chances aumentam muito após os 50 anos), histórico familiar, excesso de gordura e exposição a substâncias chamadas aminas aromáticas (derivadas de indústrias químicas e mecânicas), que são, por exemplo, os agrotóxicos, resíduo de motor de escape de veículos, fuligem, dentre outros. O oncologista destaca que no início da doença os pacientes são praticamente assintomáticos. Com a evolução do caso, “dependendo da posição ou do tamanho do tumor, o homem vai começar a ter dificuldade ao urinar, jato fraco ou interrompido, sangue na urina, vontade excessiva de urinar à noite e disfunção erétil”, explica Vitor.
O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o tratamento adequado. No Brasil, os exames podem ser feitos pelo Sistema Único de Saúde. A Sociedade Brasileira de Urologia indica o rastreamento da doença a partir dos 50 anos (ou antes, caso haja o fator hereditário), que é feito através do toque retal ou do PSA (exame de sangue). Nesse caso, o paciente deve procurar um profissional para discutir qual o melhor momento para começar o rastreio e com que frequência será feito.
CÂNCER DE MAMA
No mês passado também foi produzido e divulgado pela UFGD um vídeo como parte da campanha Outubro Rosa, para conscientização e combate ao câncer de mama.
No Brasil, são 60 mil novos casos por ano. Ainda de acordo com Vitor Cathcart, “o câncer não é uma sentença de morte. Apesar de ser impactante para o paciente e familiares, ela tem cura. O importante é diagnosticar logo no início, pois quanto mais avançado o câncer, mais pesado o tratamento e menores as chances de êxito”. Os fatores de risco para câncer de mama são: idade acima de 40 anos, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade, exposição a radiação, entre outros.
O médico explica, ainda, que 9 entre cada 10 casos acontece em mulheres sem histórico familiar. É importante destacar que exames como mamografia ou toque são para diagnosticar, mas existem hábitos de vida que ajudam a prevenir o câncer de mama, como: alimentação saudável, prática de atividade física, amamentação por pelo menos 6 meses.
Segundo Vitor, esses hábitos podem evitar cerca de 30% dos casos de câncer de mama.