Morre em Dourados, aos 76 anos, o maestro Adilvo Mazzini

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O maestro era uma das principais referências artísticas de Dourados. |(Foto: Arquivo)

O maestro Adilvo Mazzini, um dos principais professores de canto de Dourados, faleceu nesta quinta-feira (5), vítima de um AVC.

A notícia foi comunicada no início da tarde e causou comoção na comunidade artística douradense, especialmente em ex-alunos que por muitos anos conviveram com ele, em suas aulas de canto nos diversos corais que regeu em Dourados e região.

Ainda não foram divulgados os locais do velório e do sepultamento.

VIDA DEDICADA À MÚSICA

Nascido na cidade de Rio do Sul, estado de Santa Catarina, em 28 de outubro de 1943, Mazzini mudou-se para o antigo Mato Grosso em janeiro de 1966, fixando residência na cidade de Rio Brilhante, onde atuou como professor de Língua Portuguesa, Educação Física, Latim e Francês.

Em 1970, transferiu-se para Dourados, onde cursou Letras na então Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A partir daí, sua história de vida misturou-se com a formação cultural da cidade, devido à sua dedicação.

No final de 1970, a equipe de liturgia da Catedral de Dourados resolveu formar um coral com músicas católicas e ele se tornou o regente.

No dia 2 de setembro de 1979, fundou o Coral Santa Cecília, também conhecido como Centro Cultural Guaraoby, que regeu durante 37 anos, participando de centenas de eventos em diversas regiões do país, até o seu fechamento no final de 2016.

Com o Coral Santa Cecília, gravou os álbuns “Natal Entre Os Povos”, “Memória Musical, 30 Anos” e CD com vários hinos.

Além do Magistério, desempenhou outras funções, principalmente na área cultural, tendo sido diretor de Cultura da Fundação Cultural e de Esportes de Dourados (Funced).

Fez parte da equipe que implantou o Encontro de Corais Dourados, realizados a cada ano, até meados da década de 2000. Foi ainda regente outros corais, como das cidades de Caarapó e Rio Brilhante.

Por longos anos, fez parte do grupo de Regentes Corais da Fundação Nacional de Artes (Funarte), tendo sido coordenador local nos projetos : Villa Lobos (canto coral), Rede Nacional de Música (música erudita), Pixinguinha (música popular).

Na área literária, lançou os livros “Retalhos de Mim” (2004, poesias); “Poetas Dourados” (2004, coletânea); “O Banco da Varanda” (2012) e “Voz da Montanha” (2017, memórias), dentre outros.

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