Campanha Nacional de Vacinação de crianças e adolescentes segue até 30 de setembro

Em Dourados apenas 42% do público-alvo teve as cadernetas de vacinação atualizadas

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A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para atualização da caderneta de crianças e adolescentes de até 15 anos foi prorrogada até 30 de setembro. De acordo com o Ministério da Saúde, a decisão foi tomada devido à baixa adesão dos grupos-alvo e, respectivamente, aos resultados alcançados de coberturas vacinais. 

A Prefeitura de Dourados, através do Núcleo de Imunização da Sems (Secretaria Municipal de Saúde), coordena a Campanha e segue a orientação, disponibilizando vacinas que fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunizações) em todas as Unidades Básicas de Saúde, abertas de segunda a sexta-feira, além dos plantões aos sábados em alguns postos previamente divulgados e da sala de vacinação do PAM (Pronto Atendimento Médico).

A meta da Campanha Nacional era atingir 95% do público-alvo, mas ficou bem longe disso. Segundo dados do Ministério da Saúde, a média nacional, até a semana passada era de aproximadamente 33%, a menor de toda a série histórica. Em Dourados, os números são um pouco melhores, mas também longe da meta. Dos quase 14 mil crianças e adolescentes que devem ser imunizados, quase 42% tiveram a caderneta de vacinação atualizada.

Volta da Polio

Essa baixa cobertura vacinal preocupa o chefe do Núcleo de Imunização, Edvan Marcelo Marques. Segundo ele, a possibilidade de ressurgimento de doenças consideradas erradicadas do território brasileiro, como a poliomielite, é real. “Por isso a preocupação do Ministério da Saúde em prorrogar a vacinação. É possível encontrar hoje o vírus da poliomielite em alguns países da América, como os Estados Unidos e de outras doenças em países que circundam o Brasil como um todo, e doenças que são possíveis de se combater com vacinas”, afirma.

Como Dourados é uma cidade que faz parte da Faixa de Fronteira, a importância de se ter a população protegida por vacinas cresce. “Apesar de estarmos há aproximadamente 120 km de Ponta Porã, o fluxo de pessoas indo ou voltando de outros países da América do Sul, é grande e constante o que aumenta os riscos de contaminação”, completa Edvan.

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