Dezembro fecha com inflação de 0,63% na Capital

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A inflação na cidade de Campo Grande, no mês de dezembro, foi de 0,63%, sofrendo pequena alta em relação ao mês de novembro, que foi de 0,58%. O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é divulgado, mensalmente, pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas da Universidade Anhanguera-Uniderp.

Os grupos Transportes e Despesas Pessoais apresentaram os maiores índices, 3,55 e 0,42%, respectivamente. “O grupo Transportes foi o que mais pressionou a inflação do mês de dezembro com uma alta geral nos preços dos combustíveis. A inflação acumulada em 2013 chegou a 4,28%, abaixo do centro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), estipulada em 4,5%, com tolerância de ± 2%”, explica o coordenador do Núcleo de Pesquisas, Celso Correia de Souza.

O índice de preços do grupo Habitação apresentou moderada inflação de 0,27%. Alguns produtos deste grupo que sofreram altas de preços foram: refrigerador 10,97%, máquina de lavar roupa 9,17%, pilha 6,83% e fósforos 4,75%. Quedas de preços ocorreram com álcool para limpeza (-8,33%), carvão (-6,45%), sabão em pó (-1,22%), entre outros com menores quedas.

Assim como em Habitação, o grupo Alimentação apresentou moderada inflação e fechou em 0,31%, devido aos fortes aumentos nos preços que ocorreram com: laranja pera 13,96%, miúdos de frango 13,34% e mortadela 10,77%. “Registramos fortes quedas de preços com carne seca/charque (-15,69%), berinjela (-12,86%), melancia (-10,19%) e bisteca suína (-9,12%)”, comenta Correia.

No item carnes alguns cortes tiveram quedas de preços, como patinho (-3,05%), coxão mole (-3%) e lagarto (-2,91%). “Entre os cortes que sofreram fortes altas de preços, destacamos o cupim 9,36%, ponta de peito 4,35% e picanha 4,06%. O frango resfriado teve queda de preço de (-3,01%) e miúdos, alta de 13,34%. Quanto à carne suína, todos os cortes sofreram fortes quedas de preços, como: bisteca (-9,12%), costeleta (-7,75%) e pernil (-2,39%). É interessante notar que, mesmo com as festas de final de ano, em que há uma demanda maior pelas carnes, a maioria dos cortes teve quedas de preços. Pode ter ocorrido um excesso de oferta de carnes, ou o consumidor se retraiu, diminuindo a demanda por esse produto”, analisa o coordenador.

A pesquisa observou forte inflação no índice do grupo Transportes. “A média é de 3,55%, devido aos fortes aumentos de preços no óleo diesel 9,10%, pneu novo 5%, gasolina 4,94%, etanol 3,74% e ônibus interestadual 1,23%”, informa o pesquisador da Anhanguera-Uniderp, José Francisco Reis Neto.

O Grupo Educação apresentou pequena alta de 0,15% em seu índice, devido a aumentos de preços de artigos de papelaria, de 1,39%.

Já o grupo Despesas Pessoais apresentou moderada inflação em seu índice, de 0,42%, devido a aumentos nos preços de protetor solar 15,87%, sabonete 3,84%, creme dental 3,40%, entre outros produtos com menores aumentos. Quedas de preços ocorreram com xampu (-3,59%) e fio dental (-3,38%).

Com moderada deflação, o grupo Saúde fechou novembro com índice de (-0,18%). “Os produtos/serviços que aumentaram de preços foram: anti-infeccioso e antibiótico 3,77%, atimicótico e parasiticida 1,43%, antialérgico e broncodilatador 0,66%. Já, os produtos que tiveram quedas de preços foram: anti-inflamatório e antirreumático (-3,58%), analgésico e antitérmico (-3,22%), vitaminas e fortificante (-1,85%), entre outros com menores quedas de preços”, exemplifica Reis Neto.

“Por fim, registramos forte deflação de (-1,22%) no grupo Vestuário, em relação ao mês de novembro de 2013. Aumentos de preços que ocorreram foram: lingerie 3,14%, camiseta masculina 2,19%, camiseta feminina 1,56%, entre outros com menores quedas. Quedas de preços ocorreram com: tênis (-6,89%), saia (-4,50%), short e bermuda masculina (-3,92%), entre outros com menores quedas”, finaliza o pesquisador.

Inflação Acumulada – “A inflação acumulada no ano de 2013, na cidade de Campo Grande, foi de 4,28%, abaixo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que é de 4,5%, com uma tolerância de ±2%. Apesar de fortes aumentos de preços com produtos e/ou serviços de todos os grupos, o grupo Habitação segurou a inflação devido a forte queda no preço da energia elétrica, sendo o único grupo a ter deflação no ano passado, que foi de (-3,03%). Como o grupo Habitação é aquele que tem o maior peso na composição da inflação da nossa cidade, essa deflação fez com que o índice de inflação ficasse abaixo da meta estabelecida pelo CMN”, avalia o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Universidade Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza.

Nos últimos doze meses a maior inflação acumulada foi do grupo Despesas Pessoais, com 9,67%, seguido dos grupos Educação 9,28%, Vestuário 9,27%, Transportes 8,57%.  Alimentação 6,71%, Saúde 5,17%, todos com inflações superiores à inflação acumulada nesses últimos doze meses, que é de 4,28%.

Os dez mais e os dez menos do IPC/CG – Os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação do mês de outubro foram: Óleo diesel, Gasolina, Etanol, Pneu novo, Biscoito, Laranja pera, Refrigerador, Pão francês, Açúcar e Linguiça fresca. Os dez que menos contribuíram para a elevação da inflação na cidade de Campo Grande foram: Leite pasteurizado, Carne seca/charque, Tênis, Frango congelado, Acém, Anti-inflamatório e antirreumático, Patinho, Short e bermuda masculina, Alcatra e Contrafilé.

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