Em Dourados, cesta básica ficou 2,50% mais barata em setembro

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O valor da cesta básica de setembro (R$ 369,59), comparado ao do mês de agosto (R$ 379,07), apresentou uma queda de preço de 2,50%, de acordo com a pesquisa realizada na última de setembro e primeira semana de outubro pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Dessa forma, em setembro o trabalhador douradense teve que destinar o equivalente a 37,03% do salário mínimo (R$ 998) para comprar uma cesta básica e 81 horas e 28 minutos da sua jornada de 220 horas mensais. Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, nove apresentaram uma queda de preços no mês passado: tomate (16,53%), margarina (14,87%), batata (3,58%), açúcar (3,48%), café (2,76%), leite (2,23%), carne (1,54%), banana (0,78%) e farinha de trigo (0,73%).

O pão francês, mais uma vez, fechou sem nenhuma variação de preços, mesmo apesar da desvalorização cambial do real perante o dólar e de sua matéria, a farinha de trigo, ser importada. Já os produtos que aumentaram de preços de agosto para setembro foram: o óleo de soja (9,26%), feijão (3,25%) e arroz (0,81%).

Para a pesquisa, o que se percebe quanto ao comportamento dos preços neste ano é a instabilidade, “isso não significa necessariamente uma elevação de preços, já que num mês temos elevação e no outro uma queda de preços”. É o que aconteceu por exemplo nos três últimos meses, assim; em julho, a maioria dos preços da cesta básica diminuiu, em agosto, 10 produtos aumentaram de preços e em setembro, 9 produtos fecharam com uma queda de preços. Um das principais razões a se levar em conta neste cenário é que os produtos dependem das estações do ano e, por isso, seus preços oscilam muito.

A pesquisa informa ainda que a diferença de preços entre os diversos supermercados do município, foi de de R$ 62,55 (18,55%), já que a cesta custou R$ 399,68 no lugar mais caro e R$ 337,13 no mais barato, com  com os mesmos produtos. Outra sugestão que os pesquisadores fazem é a de verificar os levantamentos realizados pelo PROCON, porque o método adotado por ele é a de comparar os preços praticados por cada estabelecimento e dar a publicidade esta pesquisa identificando cada supermercado com os respectivos produtos. Esta informação consta no site do município sendo mensalmente atualizada.

Na comparação com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o preço da cesta no mês de setembro foi de R$ 396,98; portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, o preço da cesta básica douradense, superou os preços verificados em 05 capitais estaduais do país: Recife, João Pessoa, Natal, Salvador e Aracaju. Em nível nacional, no mês de setembro, São Paulo registrou o maior preço da cesta básica entre as capitais estaduais do país, de R$ 473,85 e pelo segundo mês consecutivo. Porto Alegre foi a segunda capital com a cesta básica mais cara, R$ 458,29, e a terceira foi o Rio de Janeiro com R$ 458,21. Mesmas posições ocupadas em agosto.   Enquanto isso, os menores preços foram verificados em: Aracaju (R$ 328,70);  Salvador (R$ 345,04) e Natal (R$ 352,57). Também repetindo as classificações de agosto. No geral, em setembro os preços da cesta básica diminuíram em 16 das 17 capitais pesquisadas, conforme verificado no DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece que o valor do salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Dessa maneira, em agosto de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 4.044,58, isso significa 4,05 vezes mais do que o mínimo vigente (R$ 998). E no mês de setembro, o salário mínimo necessário estava em R$ 3.980,82. Assim, em setembro, o trabalhador brasileiro teve um ganho do poder de compra do seu salário se comparado ao mês de agosto.

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