O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (30) que não vê chances de reversão da política econômica implementada pelo governo atual. “Não vemos hoje, no país, condições ou pessoas que estejam propondo uma reversão destas medidas [reformas e reequilíbrio econômico]. Não vejo uma iminência de que vamos voltar à matriz econômica que trouxe o Brasil a esta crise”, afirmou, ao participar do Fórum de Investimentos Brasil 2017 hoje (30) na capital paulista.
O ministro disse que não trabalha com a possibilidade de uma eventual saída de Michel Temer da Presidência da República. “A minha hipótese de trabalho é que não vai haver mudança no comando da Presidência. O Temer deve concluir seu mandato até 2018”, afirmou.
Segundo o ministro, não foi criado um plano para enfrentar turbulência na economia diante do julgamento de cassação da chapa Dilma-Temer, na próxima semana, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele argumenta que as incertezas políticas afetam economias muito fragilizadas e que o Brasil já apresenta fundamentos sólidos, com o restabelecimento da confiança do investidor.
O ministro prevê que o crescimento da economia continuará no segundo trimestre e, mais intensamente, no último trimestre do ano. “Esperamos o quarto trimestre crescendo a um ritmo de 3% ao ano”. Ele destaca a queda da inflação, que gera ganho no poder de compra de 3% e consequente ampliação do mercado consumidor.
O plano B para viabilizar a reforma da Previdência, diante do atraso na análise da proposta pelo Congresso, foi novamente descartado pelo ministro. “A nossa estratégia não contempla plano B, temos o plano de reforma como configurado no relatório a ser votado na Câmara. É dentro dessa hipótese que eu trabalho. Acho a melhor alternativa no momento”, disse.