Ocorrência de pragas não alterou produtividade da soja em MS

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Foto: Divulgação
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Apesar da incidência de pragas nas lavouras de soja do Estado na safra 2013/2014, a produção da oleaginosa atingiu novos recordes. Conforme levantamento realizado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), foram colhidos 6,05 milhões de toneladas do grão. A ocorrência e controle das principais pragas e doenças da soja será um dos temas ministrados durante as apresentações dos resultados de pesquisas sobre a safra, realizadas pela Fundação MS em 10 municípios durante o mês de maio.

“Verificamos uma safra relativamente tranquila quanto às doenças e pragas, o que nos surpreendeu, pois estávamos em um ambiente complicado em função das especulações acerca da lagarta Helicoverpa armigera”, analisa o pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Grigolli.

A praga citada pelo pesquisador assustou alguns agricultores no ano passado, por conta de seu alto poder destrutivo. Ela é polífaga, ou seja, se alimenta de diversas culturas, como soja, milho, algodão, entre outras. Por conta disso, os riscos de prejuízos econômicos são grandes. Para combater a praga, é importante que a mesma seja identificada da forma correta, para que seu controle seja feito de forma mais eficaz.

A Helicoverpa armigera foi confirmada oficialmente em algumas cidades do Estado, como Maracaju, São Gabriel do Oeste, Naviraí e Chapadão do Sul, no entanto, não foram observados grandes prejuízos em função disto. Segundo o pesquisador, esse cenário se deu pelo fato de os produtores terem seguido as recomendações e cuidados necessários junto às lavouras. “Foram realizadas amostragens e os produtos foram utilizados no momento adequado, o que minimizou os danos”, comenta.

O cenário também foi tranquilo em relação a outras doenças da soja, conforme os ensaios conduzidos pela Fundação MS ao longo da safra. “Em relação a ferrugem e mancha-alvo, foram observados menos severidade da doença comparada a safra 2012/13”, explica Grigolli. Já a respeito de pragas, o maior problema foi a falsa-medideira. Por conta de seu ataque, algumas regiões tiveram perdas.

Entre as recomendações, quando o assunto é o surgimento de doenças e/ou pragas nas lavouras, está a de aplicar os fungicidas quando as condições ambientais forem favoráveis para o seu desenvolvimento. “Um exemplo disso é a ferrugem, doença que depende do molhamento foliar e que em épocas de veranico a aplicação de fungicidas para o seu controle é desnecessária. Para as pragas, a recomendação é o monitoramento e a aplicação de inseticidas em função do nível populacional das pragas, e não do estágio fenológico”, afirma o pesquisador.

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