Engenheiro da Ford ministra palestra na UNIGRAN sobre indústria automotiva

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Roberto Morinaga afirma, durante palestra, que as grandes empresas no mundo inteiro estão indo no caminho da sustentabilidade.(Foto: Divulgação)

A V Semana Acadêmica da Engenharia Mecânica – SEMEC da UNIGRAN difundiu e promoveu a troca de experiências e conhecimento técnico entre profissionais, estudantes e pesquisadores da área. O evento trouxe palestrantes de diversas empresas e instituições, que expuseram novas experiências, atuação profissional.

O convidado para ministrar a palestra de abertura foi o engenheiro mecânico da Ford, Roberto Morinaga, que abordou ‘A Engenharia na Indústria Automotiva – criação de produtos e seus desafios’. Morinaga apresentou dois aspectos da indústria automotiva: a questão de inovações e tendências de novos negócios e ainda sobre o setor automotivo pelo viés de como fazer carro nas últimas décadas no Brasil.

“Neste ano, houve uma estruturação global na cadeia de comando da Ford em que se definiu esses dois pilares. A discussão dentro da companhia envolve carros autônomos, como o carro elétrico e uma estratégia do Big Data e a parte analítica do que fazer com os dados massivos”, mencionou.

Durante a palestra, o engenheiro mecânico motivou os estudantes para atuação no setor automotivo, principalmente na área de desenvolvimento de produto. Há quase 20 anos trabalhando na companhia, hoje Roberto Morinaga faz parte do centro de criação de produtos da Ford. “As grandes empresas no mundo inteiro estão indo no caminho da sustentabilidade, quando temos um carro totalmente elétrico. Hoje o carro híbrido já é uma realidade, mas a questão de mobilidade exige que um carro elétrico seja autônomo também”, disse.

No país, o palestrante afirma que vê uma viabilidade de ter um carro híbrido, que é uma “solução verde”. “Os carros Flex-fuel a álcool são uma solução limpa. Aqui no Brasil existe uma tendência de ficar no carro híbrido e, de uma forma um pouco menos acelerada, migrarmos para o carro elétrico, porque exige-se uma infraestrutura que não temos aqui por enquanto e demora, tem que ter estradas capacitadas para permitir que o usuário possa fazer o abastecimento elétrico, por exemplo”, ressaltou.

Por outro lado, Morinaga destacou outras tecnologias no Brasil como de Inteligência Artificial. “Uma Ranger e um Fusion que tem aqui em nosso país, por exemplo, se o motorista estiver com o carro andando em uma estrada e dormir, sair da pista, esses carros têm um sistema de controle em que o volante vibra e tende a voltar na faixa. Outro sistema interessante é que o motorista consegue determinar a quê distância de segurança quer ficar do carro que está na frente, se quer ficar a 30 metros, por exemplo, se estiver a 29 metros, o carro vai frear automaticamente”, citou.

Para os futuros profissionais, Roberto Morinaga deu algumas dicas, como saber se comunicar, aprender rápido, mas a principal é falar em inglês. “Os produtos que foram lançados nos últimos anos pelas montadoras são projetos globais, isso significa que precisa trabalhar com o mundo inteiro. Eu trabalhei com a Rússia, China, Austrália, toda a Europa e Estados Unidos, então o mercado automotivo exige que, pelo menos os engenheiros, tenham fluência em inglês”, ponderou.

Para finalizar, o palestrante enfatizou que os próximos cinco anos da indústria automobilística, em termos tecnológicos, prometem. “Ela vai demorar só cinco anos para dar o mesmo salto que ela demorou 80 anos para dar de uma rapidez nunca vista no passado”, considerou.

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