Como acontece todos os anos, a Universidade Central do Paraguai (UCP) está realizando um grande número de atividades alusivas ao Outubro Rosa de conscientização, prevenção e combate do Câncer. Profissionais de saúde e acadêmicos da instituição participam de palestras e atendimentos voltados para a doença que acomete milhares de mulheres em todo o mundo todos os anos e se o diagnostico não for feito de forma precoce pode levar a morte ou mutilação das pacientes.
Um dos parceiros da UCP é a Liga Universitária de Ginecologia e Obstetrícia que realizou uma palestra na semana passada abordando o tema. Estudantes de medicina foram informados das formas de prevenção e os cuidados necessários que devem ser tomados para orientar as pacientes para que elas mesmas observem as mudanças principalmente nas mamas e em partes sensíveis do corpo que podem indicar algum indicio da doença.
A equipe de Urgência e Emergência também está mobilizada e realizou uma palestra na cidade de Zanja Pytã, onde dezenas de donas de casas receberam orientação. A maioria nunca realizou o exame ginecológico preventivo ou de mama e foram orientadas a procurar a ajuda de um profissional e receberam instrução de como fazer autoexame das mamas.
Os médicos ginecologistas e obstetras Israel Dias e Janderson Soares, formados na UCP foram alguns dos palestrantes. Eles disseram que a cada dia fica mais evidente a importância de um diagnóstico precoce e que apesar de toda a evolução da medicina, em casos muito avançados as chances de cura são muito pequenas, mas se for descoberta no início a doença pode ser curada e a paciente levar uma vida normal apesar de sequelas e mutilações muito comuns principalmente no caso de câncer de mama. “Podemos chegar a até 90 por cento de chance de cura se houver um diagnóstico precoce e um tratamento correto”, disse o médico Israel Dias.
Para o CEO da Universidade Central do Paraguai e criador do curso de medicina em Pedro Juan Caballero, Carlos Bernardo, a universidade tem aberto as portas das clínicas para que as mulheres paraguaias e brasileiras da fronteira tenham a chance de receber um tratamento digno e o trabalho de conscientização realizado durante o Outubro Rosa e nas visitas que a Caravana da Saúde da UCP faz nas comunidades carentes tem surtido efeito e a cada dia mais mulheres procuram assistência especializada.
“Estamos plantando uma semente e o resultado disso será uma melhor qualidade de vida das mulheres fronteiriças. Assim que tomam conhecimento que precisam cuidar do próprio corpo elas deixam o preconceito de lado e comparecem em nossas clínicas e recebem toda a atenção e orientação necessária. Quem precisa de tratamento é encaminhada para um especialista e isso salva vidas e alivia o sofrimento delas”, disse Carlos Bernardo.
Assessoria