O sonho de poder contar com um local como este, conforme o professor Damião Duque de Farias, vem sendo acalentado desde 2011, quando foi cedida a UFGD a guarda provisória da área pelo Governo Federal. “Estamos organizando minimamente aqui uma estrutura para receber nossa comunidade acadêmica que vai realizar pesquisas sobre solo, manejo, plantas, entre outros temas, justamente neste lugar tão especial que é o Pantanal”.
Por enquanto foram reformados um espaço que conta com cozinha e refeitório e parte do alojamento, que ao todo, possui 18 apartamentos, a serem futuramente equipados com camas e aparelhos de ar condicionado. Em breve também serão reformados os outros quartos e um prédio que servirá como laboratório.
O contra-almirante da Marinha, Edervaldo Teixeira, assegurou o apoio da corporação ao projeto ali encabeçado pela UFGD. “Não vejo maneira de mudar a sociedade se não for através da educação. Estamos à disposição para ajudar”, afirmou, lembrando que a Base de Estudos da UFGD estará sempre segura, pois em área vizinha estão lotados 800 fuzileiros navais, prontos a prestarem auxílio às pesquisas da universidade.
A diretora da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA), professora Liane Maria Calarge, enfatizou a importância de um projeto como este, num bioma único como o Pantanal. “A área será muito usada em nossas pesquisas e desde que foi doada estamos trabalhando em conjunto para a implantação do projeto”.
Baía Negra
A cedência da guarda provisória da área de 308.336,57 metros quadrados foi efetivada em 2011, pela União a UFGD, disponibilizando um imóvel localizado na Área de Preservação Ambiental (APA) Baía Negra, na região do Pantanal. A universidade é responsável pela vigilância, limpeza e manutenção do local, que já conta com um prédio de alojamentos (18 apartamentos), um refeitório e duas casas, sendo o restante e maior parte do espaço, uma área de floresta.
No final de 2012 foi empenhada verba para a reforma das instalações, que já vêm recebendo acadêmicos de diversas graduações e pós-graduações para prática de disciplinas in loco, como a de Biodiversidade, do mestrado de Biologia Geral. A maior expectativa, entretanto, é colaborar com o cuidado e preservação ambiental da área e promover projetos com a população do entorno em prol de sua sustentabilidade econômica e convivência harmônica com a floresta.
