Juiz determina abertura de inquérito contra Carlinhos Cantor

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Momento em que Carlinhos Cantor deixava a sede da Justiça Eleitoral de Dourados após audiência com o juiz.(Foto: Divulgação)

O juiz eleitoral César de Souza Lima, da 18ª Zona Eleitoral de Dourados encaminhou na manhã desta quarta-feira (4), despacho à Polícia Federal do município, pedindo abertura de inquérito contra Carlos Roberto de Assis Bernardes, o Carlinhos Cantor, para apurar possíveis contratações de cabos eleitorais em nome do candidato a prefeito Barbosinha (DEM).

O candidato a prefeito de Dourados, vereador e presidente da Câmara Municipal, Alan Guedes (PP), negou que o ex-vereador Carlinhos Cantor, seja o coordenador de sua campanha política e afirmou ainda que ele não pode responder pela Coligação, que até o momento não emitiu nota sobre o caso.

Como mostrado mais cedo pelo Ponta Porã News, Carlinhos ficou frente à frente com o juiz eleitoral César de Souza Lima, da 18ª Zona Eleitoral de Dourados, depois de usar um telefone celular para simular contratações de cabos eleitorais em nome do candidato a prefeito, Barbosinha (DEM).

A estratégia foi a mesma usada em eleições passadas, quando o adversário se apresentava como integrante da campanha eleitoral do concorrente e fazia contratações falsas, que não se confirmavam e geravam prejuízo eleitoral a partir do momento em que a pessoa supostamente contratada nunca era chamada para trabalhar e, tampouco, recebia qualquer valor.

A prática acabou desmascarada justamente no momento em que a coligação de Alan Guedes explora o horário eleitoral no rádio e na TV para acusar o adversário de fazer parte da “velha política”, ou seja, justamente aquela que usava artimanhas como a de Carlinhos Cantor para conseguir a vitória nas urnas. Na presença do juiz César de Souza Lima, o ex-vereador Carlinhos Cantor, presidente do partido do candidato a vice-prefeito (Dr. Guto) na chapa de Alan Guedes, confessou o golpe e confirmou que o número de telefone usado para as falsas contratações de cabos eleitorais estava, de fato, habilitado em nome dele.

O juiz alertou Carlinhos Cantor sobre o crime eleitoral que ele havia cometido e, também, deixou claro que ele poderá responder por falsidade ideológica a partir do momento que falava em nome da coligação de Barbosinha mesmo sendo presidente do partido que cedeu o vice-prefeito na chapa de Alan Guedes. Carlinhos Cantor fala sobre Ao site Dourados News, Carlinhos Cantor disse que não está evolvido em campanha política, e que estão tentando vincular ele ao Alan Guedes. “As pessoas tentam me vincular, mas não estou envolvido em campanha nenhuma. As campanhas estão tentando me vincular ao Alan como coordenador de campanha. Não estou autorizado a falar em nome do Alan. Sou presidente de um partido, e como presidente do partido posso montar fiscalização no dia da eleição. O que existe é trabalho para montar fiscalização para o dia da eleição. É lamentável que tentem usar meu nome, por meio de argumentos ardilosos, para tentar me vincular”, disse ao jornal.

O que vem aí Agora, a Justiça Eleitoral vai investigar o golpe praticado por Carlinhos Cantor para descobrir quantas pessoas ele contratou em nome de Barbosinha. A fraude eleitoral também será investigada no âmbito criminal pela Polícia Federal, uma vez que além da falsidade ideológica também configura estelionato. Barbosinha lamenta O candidato Barbosinha lamentou a estratégia usada pelo coordenador da campanha de Alan Guedes para tentar prejudicá-lo na disputa pela Prefeitura de Dourados. “É lamentável que isso ocorra justamente num momento em que as forças políticas deveriam debater ideias para tirar nossa cidade da situação em que ela se encontra hoje”, ressalta Barbosinha.

“Ao invés de debater projetos e propostas, ainda tem gente que acredita ser possível vencer eleição com métodos rasteiros”, completa. Barbosinha alerta as pessoas que tenham sido vítimas dessa fraude que procurem a Justiça Eleitoral para denunciar. “Temo que centenas de pais de família tenham sido enganados por essa falsa contratação em meu nome, mesmo porque já recebi informação que estão usando até uma lista para contratações que jamais foram autorizadas pela nossa Coligação”, alerta Barbosinha. “Diante de tudo isso que foi apurado pela Justiça Eleitoral hoje, fica a seguinte pergunta: quem está praticando a velha política que acha eleição se vence a qualquer custo?”, finaliza.

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