Indústria estadual tem saldo positivo na geração de emprego em 117 atividades

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De janeiro a maio de 2014 a indústria foi responsável pela abertura de 924 novos postos de trabalho. Foto: Divulgação
De janeiro a maio de 2014 a indústria foi responsável pela abertura de 924 novos postos de trabalho. Foto: Divulgação

O setor industrial de Mato Grosso do Sul, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, obteve, no período de janeiro a maio deste ano, saldo positivo na contratação de trabalhadores em 117 atividades, proporcionando a abertura de 5.063 vagas, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Entre os segmentos com saldo positivo de pelo menos 120 vagas destacam-se a fabricação de açúcar em bruto (+953), fabricação de álcool (+571), construção de rodovias e ferrovias (+461), construção de edifícios (+418), fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel (+203), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+178), abate de reses, exceto suínos (+176) e fabricação de artefatos para pesca e esporte (+125).

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, por outro lado, no mesmo período, 90 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 4.139 vagas. Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 120 vagas, destacam-se obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-2.484), obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (-220), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (-168) e fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados (-121).

“De janeiro a maio de 2014 a indústria foi responsável pela abertura de 924 novos postos de trabalho em Mato Grosso do Sul. O saldo obtido nos cinco primeiros meses do ano fez com que o total de indivíduos empregados nas atividades industriais desenvolvidas no estado alcançasse o equivalente a 144.121 trabalhadores”, detalhou Ezequiel Resende, completando que a indústria responde atualmente pelo 2º maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 22,3% sobre o total, ficando atrás somente do setor de serviços, que emprega formalmente 189.626 trabalhadores com participação equivalente a 29,3%.

Municípios em destaque

Em relação aos municípios, constata-se que em 45 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período indicado, proporcionando a abertura de 4.392 vagas. Entre as cidades com saldo positivo de pelo menos 100 vagas destacam-se Campo Grande (+1.040), Nova Andradina (+453), Angélica (+438), Aparecida do Taboado (+262), Rio Brilhante (+253), Dourados (+240), Chapadão do Sul (+233), Fátima do Sul (+207), Vicentina (+152), Maracaju (+124) e Corumbá (+111).

Por outro lado, no mesmo período, em 24 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 3.468 vagas. Entre as cidades com saldo negativo de pelo menos 100 vagas destacam-se Três Lagoas (-2.808), Iguatemi (-221) e Ribas do Rio Pardo (-115). “As demissões ocorridas aconteceram, em sua maior parte, em três atividades da indústria da construção (obras de engenharia civil não especificadas anteriormente, obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações e montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas) que, somadas, totalizaram o fechamento de 2.872 vagas”, detalhou.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems reforça que tais demissões ocorreram basicamente no município de Três Lagoas, onde as três atividades mencionadas foram responsáveis por 2.940 demissões. “Como indicado no levantamento anterior, o fator de maior peso no desempenho observado para o município decorre, possivelmente, do encerramento de atividades ligadas à construção da Fábrica de Nitrogenados da Petrobras, uma vez que primeira etapa da obra já está próxima do fim. Com o início da operação da planta em seu primeiro módulo previsto para os meses de setembro ou outubro deste ano. Adicionalmente excluindo-se as três atividades responsáveis pelos maiores volumes de demissões, o saldo em Três Lagoas seria positivo em 259 vagas, com destaque para fabricação de celulose, fabricação de artefatos têxteis e fabricação de calçados, que apresentaram saldo positivo de contratações de 203, 91 e 85 vagas, respectivamente”, apontou.

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