Depois de Ivinhema, CEN e Águia Negra ameaçam não disputar Estadual 2017

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Com título estaduais, CEN e Águia Negra cogitam se afastar do futebol profissional. (Foto: Orisvaldo Sales/Naviraiense)

Os clubes que vão disputar a Série A do Campeonato Estadual estão definidos desde o último fim de semana com o acesso de Urso de Mundo Novo e União/ABC que retornam à primeira divisão. Nesta última semana, porém, rumores de que alguns poderiam abrir mão da disputa por problemas financeiros ganharam força e os outros dois que disputaram a Segundona, Coxim e Moreninhas, estão de prontidão.

O problema que pode atrapalhar Ivinhema, Águia Negra e Naviraiense é o mesmo. Com a impossibilidade da ajuda financeira por parte das respectivas prefeituras, as diretorias estão encontrando dificuldade em levantar os recursos necessários para a disputa. O Azulão já havia levantado essa hipótese há algumas semanas. Agora, diretorias do time de Rio Brilhante e do CEN expuseram a situação.

Em entrevista à Rádio Difusora de Rio Brilhante, Iliê Vidal, presidente do Águia Negra colocou em dúvida a participação do time no Campeonato Estadual. Segundo ele, o valor levantado até agora é bem menor do que o mínimo necessário para disputa. “Temos algumas empresas que sempre nos ajudam, como a Delta. Mas até agora o que conseguimos é insuficiente para sequer começar. Estamos tentando outras fontes, mas neste momento o caminho é desistir”, disse.

Depois foi a vez da cúpula do Naviraiense ir à público com o mesmo problema. O clube já enfrentou a mesma dificuldade em 2016, agravada pelo fato de não ter o Estádio Virotão disponível em boa parte da primeira fase, o que pode ter influenciado na campanha do time que, desde 2009, quando conquistou o título, sempre terminou entre os quatro primeiros colocados. Desta vez, a diretoria diz que não irá correr o mesmo risco e, sem condições, a desistência é o caminho mais próximo.

Suspensão

Apesar das reclamações dos três clubes, nada oficial foi comunicado à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). De acordo com o vice-presidente e coordenador de competições, Marcos Tavares, se a intenção dos clubes se confirmar, a suspensão por dois anos é inevitável. “O prazo para essa decisão já ficou para trás e agora, caso desistam, ficam fora de competições em 2018 e 2019”, afirma.

Com Coxim e Moreninhas no aguardo, Tavares explica que para esses clubes serem incluídos na primeira divisão, a saída de algum desistente precisa ser protocolada na Federação até o dia 17 de janeiro. “Isso precisa ser feito, pelo menos, 11 dias antes da primeira rodada, que começa no dia 28 de janeiro”, encerra.

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