No período de feriado prolongado último, a reportagem fez uma enquete em diversos pontos da cidade sobre o futebol profissional de Dourados e constatou que o extinto (OEC) Operário Esporte Clube; hoje OAC (Operário Atlético Clube) lidera em termos de simpatia e preferência dos 125 consultados.
Na enquete “qual é o clube de sua preferência em Dourados para o futebol profissional”, o “tigre” obteve 46 votos enquanto o também extinto CAD (Clube Atlético Douradense), que era conhecido por sua torcida de “Azulão da Marcelino” obteve a segunda colocação ao obter 29 opiniões.
Mesmo com três títulos estaduais da primeira divisão (1.990; 98 e 99), um deles invicto, e um da série “B” conquistado no ano passado que resultou na sua volta ao futebol profissional após mais de dez anos de ausência, o Ubiratan Esporte Clube, que é mais conhecido e chamado pelos seus torcedores de “Leão da Fronteira” obteve 26 votos enquanto o OAC (Operário Atlético Clube) fundado pelo desportista Alfio Senatore e hoje presidido pelo empresário Giovanny Marques conquistou 13 votos de preferência e simpatia popular.
Já as equipes amadoras do Inter Flórida e Santo Antônio do Distrito da Picadinha conquistaram seis e duas opiniões respectivamente.
Além destes clubes douradenses vale lembrar que o 21 de Abril de Fátima do Sul e ARBA de Rio Brilhante receberam dois e um votos respectivamente enquanto quatro não quiseram opinar.
PUXANDO VOTOS
Na enquete a reportagem constatou que as opiniões dadas ao OEC, CAD e até mesmo do OAC são atreladas em razão da rivalidade que existia (ainda existe) entre os clubes, em especial o primeiro com o Ubiratan Esporte Clube desde os idos dos anos 50 até parte da década de 70, o que seria 88 no total aos três contra 20 para a equipe da Cabeceira Alegre.
Neste período denominado como a “era de ouro do futebol amador douradense” havia uma grande rivalidade entre as equipes do então Operário Esporte Clube (foto) e Ubiratan Esporte Clube em jogos que foram disputados no legendário estádio Napoleão Francisco de Souza, que pertence a LEDA (Liga Esportiva Douradense de Amadores), inclusive, duelos esportivos este que colocavam duas famílias em lados opostos, sendo elas, os Saldivar pelo lado do “Tigre” que arrastavam a maioria da colônia paraguaia para o lado deles e pelo lado do “Leão da Fronteira” que diz a história ter sido fundado por Raphael Bianchi, o “Faé” (in memorian), à família dos Faker.
Pelo gramado da LEDA que na época arrastava multidão para ver o clássico, passaram vários jogadores, muitos deles já falecidos. Pelo gramado da LEDA passaram Mauro Alonso, Eduardo, Valdessi Carbonari, Mão de Onça, Sabará, Leba, Paulo Kamimoto, Careca, Coutinho, Pitu, José Paulo Teixeira, Manteiga, Varela, Porfirinho, Piper, Cazaroti, os irmãos Faker e Saldivar, Palomita, o “Dom Paloma”, Auro Dias, Marciano, Merci, Walter Brandão, que até os dias de hoje é lembrado como um dos melhores jogadores que passou pela cidade entre outros.
A VOLTA
O interessante da enquete é que mesmo com a maioria das adversidades ao Ubiratan Esporte Clube, a maioria dos que opinaram disseram que gostaram da volta do “Leão da Fronteira” ao futebol profissional da 1ª divisão e que compareceram no estádio Frédis Saldivar, o “Douradão” para torcer para a equipe douradense que era comandada pelo então técnico Douglas Ricardo.
No campeonato estadual deste ano vale lembrar, o Ubiratan Esporte Clube que estava afastado do futebol profissional há mais de dez anos ficou em sexto lugar no geral da tabela da competição que foi conquistada pelo CENE (Clube Esportivo Nova Esperança) de Campo Grande em cima do Águia Negra de Rio Brilhante, que não teve nenhuma indicação nessa enquete.
A maioria dos consultados disse também que esperam que para o próximo ano não só a equipe da Cabeceira Alegre volte a 1ª divisão do futebol profissional, mas também o hoje União/Inter Flórida que deverá disputar a segundona deste ano enquanto os dirigentes dos clubes Santo Antônio do Distrito da Picadinha e do OAC ainda não assinalaram se irão ou não entrar no profissionalismo.
