O narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que esta preso em Assunção, no Paraguai, é acusado de fornecer cocaína ao grupo criminoso alvo da operação Coroa, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (29) em Ponta Porã, Caxias do Sul (RS) e na capital do Paraguai.
De acordo com a PF, as investigações iniciaram em março e identificou que a rede criminal adquiria cocaína do brasileiro. Posteriormente a droga ingressava no Brasil por Ponta Porã para ser comercializada na Serra Gaúcha.
Pavão já foi alvo de quatro operações da Polícia Federal: Matriz, Panóptico, Suçuarana e Argus e há três processos para sua extradição estão em tramitação. Além disso, ele é apontado como um dos mentores da morte de Jorge Rafaat Toumani, morto a tiros de metralhadora em junho do ano passado.
Operação Coroa
Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul (RS) e Ponta Porã e em Assunção. Além do bloqueio das contas bancárias de seis investigados e o sequestro de treze veículos, entre automóveis e caminhões.
Segundo a polícia, durante a operação foram apreendidas mais de 4,6 toneladas de cocaína e maconha em ações realizadas em Veranópolis (RS), Maringá (PR) e Campo Grande. Dois caminhões e um automóvel utilizados no transporte também foram apreendidos e três homens presos em flagrante.
Estima-se que o lucro obtido a cada carga de cocaína transacionada chegue a R$ 500 mil, o que possibilitava uma vida de ostentação a um dos líderes do grupo.Além da repressão ao tráfico de drogas, a ação busca a diminuição da violência na fronteira Brasil-Paraguai, resultante da disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas na região.
A operação foi denominada Coroa em razão da admiração que um dos investigados demonstra por esse objeto, expressada através de tatuagens e imagens.