Foi identificado como Ivanilton Moretti, de 36 anos, a quarta vítima do atentado que ocorreu na madrugada de ontem na casa noturna After Office, localizada na Linha Internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.
Além de Moretti, que é conhecido como Grandão, outros três brasileiros foram executados. Eles foram identificados como sendo, Felipe Alves, vulgo Filhote, Sabrina Martins dos Santos, de 18 anos e Gabriele Antonello de Oliveira, de 18 anos.
Segundo a Revista Época, Grandão era de Presidente Prudente e já cumpriu dois mandados de prisão por tráfico e respondia, em liberdade, a outro processo na Justiça Federal, também por tráfico.
Durante a ação onze pessoas ficaram feridas. Policiais paraguaios atribuem o crime à disputa pelo comando do crime organizado na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Ainda de acordo com a revista, Moretti era apontado como segurança de Elton Rumich da Silva, conhecido pelo apelido de Galã. Galã é um dos apontados como mandante da morte de Jorge Rafaat Toumani e é o atual número um do PCC na fronteira.
Ivanilton foi preso durante operação Leviatã da Polícia Federal em 2012. A operação iniciou-se com base em informações que apontavam para a possível negociação de grande quantidade de drogas com fornecedores estrangeiros por um grupo criminoso extremamente bem estruturado, conhecido como PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo o Ministério Público Federal, ele fazia parte de uma organização criminosa que participou da compra de 30 quilos de cocaína que foi apreendida em Deodápolis no dia 8 de junho de 2011. Ele e outras duas pessoas foram encarregadas de trazer o dinheiro do Rio de Janeiro para comprar a droga em Ponta Porã.
Ainda segundo o MP, Grandão era “peça essencial para o bom funcionamento do esquema de tráfico internacional de drogas operado pela organização criminosa” sendo responsável pelo “recebimento e transferência do dinheiro envolvido nas transações ilícitas para a organização criminosa.
