Militares são acusados de agredir jornalistas na fronteira

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Um dos jornalistas chegou a ser jogado no chão e seguro por um militar enquanto armas eram apontadas para ele. (Foto: Divulgação)

Militares do Exército paraguaio estão sendo acusados de tentaram impedir repórteres de cobrir uma tentativa de ameaça de invasão a uma área militar em Pedro Juan Caballero. Eles também teriam agredido e ameaçado jornalistas que cobriam o caso na manhã de sexta-feira (27).

Armados com fuzil e tanque de guerra os militares comandados pelo Tenente Coronel Sergio Espinoza, conhecido como “Conti” impediram os repórteres de fazer imagens deles e das famílias que estavam próximas à área militar localizada na margem da Ruta 5, rodovia que liga Pedro Juan Caballero à capital Asunción.

De acordo com jornalistas da fronteira, os repórteres de jornais e emissoras de TV baseados em Pedro Juan foram ao local para acompanhar a ameaça de ocupação da área militar por famílias sem-teto.Quando tentavam gravar imagens e tirar fotos da movimentação, os repórteres Marciano Candia, do jornal Última Hora, Nelson Candia da emissora Império FM e Angel Recalde da  rádio Futura FM, foram atacados pelos militares e jogado ao chão. Um cidadão chegou a agredir também um dos militares.

Jornalistas que atuam na região de fronteira, repudiaram a ação dos militares e cobraram resposta e uma punição exemplar ao Tenente Coronel que comandava a tropa. Os jornalistas e radialistas defenderam o direito de informar e a liberdade de imprensa e denunciaram a violência ao promotor de justiça Marcos Amarilla na sede do Ministério Público em Pedro Juan Caballero.

O Exército deve se manifestar ainda neste final de semana sobre o ocorrido e uma sindicância poderá ser aberta para apurar se houve abuso por parte dos militares.

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