Ministro paraguaio acredita que túnel foi disfarce e presos saíram por portão principal

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O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, voltou a destacar que a principal hipótese que é tratada em torno do que aconteceu na prisão de Pedro Juan Caballero é que houve “uma libertação de prisioneiros, uma rendição” pelos agentes penitenciários. Ele acrescenta que o túnel era “uma tela” (para ddisfarce) e que a maioria provavelmente saiu pela porta da frente ou em vans durante o decorrer da semana, de modo que a cumplicidade dos funcionários da prisão é “evidente”.

O ministro disse que o túnel era apenas “uma tela” e a cumplicidade dos funcionários da prisão é evidente. Na imagem, se pode ver a grande quantidade de terra que foi removida para formar o túnel pelo qual eles supostamente fugiram.

“Obviamente, nem todo mundo saiu pelo túnel. O túnel, por assim dizer, é uma tela para o que é chamado de libertação de prisioneiros. Eles terão saído pela porta principal ou em uma van que vende refrigerantes ou uma van que entra trazendo laticínios, etc., etc. Além disso, acho que alguns prisioneiros já foram embora durante a semana”, afirmou o ministro do Interior, de acordo com a principal hipótese que os pesquisadores de Pedro Juan Caballero trabalham.

Ele até apontou que eles acreditam que muitos saíram com “seu avião em mãos”, porque carregavam objetos de valor e luxos, como liquidificadores e televisões que tinham irregularmente dentro de suas celas. “A cumplicidade dos funcionários da prisão não é apenas plausível, mas quase óbvia”, afirmou.

Trabalho em conjunto com o Brasil

Em outro momento, Acevedo disse que está avaliando um trabalho conjunto com o ministro da Justiça brasileiro, Sergio Moro, para recuperar os 75 membros do PCC que conseguiram fugir.

O ministro comentou que há algum tempo existe um acordo com a Justiça do Brasil para ter um “banco de dados comum” e uma cooperação permanente na fronteira para combater o crime organizado.Nesse contexto, também se falou da “possibilidade” de a Polícia Nacional do Paraguai entrar na fronteira brasileira processando criminosos e vice-versa. “O que estamos conversando com ele (Moro) é como eles, através da política de fronteiras, podem eventualmente cooperar conosco na recuperação dos fugitivos.

Muitos deles não querem ir ao Brasil, onde possuem mandado de prisão e estavam querendo “submeter-se” à Justiça do Paraguai para não irem”, disse o ministro do Interior em contato com o jornal ABC.

Corrupção no sistema prisional

Em outro momento, ele apontou que uma explicação profunda sobre a origem do que aconteceu em Pedro Juan é “a corrupção muito alta que contaminou o sistema penitenciário por muito tempo”. Nesse sentido, o ministro ressaltou que esse tipo de evento continuará ocorrendo até que uma especialização seja criada dentro da Polícia Nacional: a do guarda prisional.”Enquanto tivermos tutelas não treinadas, vindas da marginalidade, mal pagas, este é um menu à la carte para o agressor”, avaliou na entrevista ao ABC Cardinal.

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