Segurança reforçada em Portugal para evitar violência contra ou a favor de Lula

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De início, a preocupação se restringia a um protesto organizado pelo Chega, partido de extrema-direita. O líder da legenda, André Ventura, prometeu reunir brasileiros e portugueses contra Lula e contra o Partido Socialista, que comanda Portugal desde 2012. Ele vem recrutando manifestantes entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sobretudo, nas igrejas evangélicas, que têm crescido em território português.

Depois das declarações de Lula sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, acusando os dois países de serem responsáveis pelo conflito e criticando os Estados Unidos e a União Europeia por estimularem o prolongamento da disputa em vez de trabalharem em um plano de paz, a temperatura aumentou de vez. Cidadãos ucranianos prometeram se juntar às
manifestações.

Ao mesmo tempo, a representação do PT em Portugal está convocando defensores de Lula para apoiá-lo em sua visita a Portugal. O eleitorado do petista no país é grande. Tanto que ele venceu as eleições nos três colégios eleitorais no país europeu — Lisboa, Faro e Porto — com mais de 60% dos votos. A movimentação do partido está enorme para fazer frente aos opositores.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) estão preparadas para evitar pancadaria. E uma das alternativas será separar os grupos durante as manifestações, cada um ocupando um espaço diferente da capital portuguesa. Para o governo, todos têm o direito de protestar, mas que tudo seja feito dentro da civilidade, sem agressões verbais e físicas.

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